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quarta-feira, 16 de abril de 2025

CLXI – Laguna – Tratado de Tordesilhas

 

O Tratado de Tordesilhas, nome designado por ter sido assinado na povoação castelhana de Tordesilhas, foi assinado em 7 de Junho de 1494 pela Castela (parte da atual Espanha) e por Portugal, ele estabelecia limites dos territórios descobertos chamados “Novo Mundo” entre os dois países (as duas potências marítimas da época) durante a expansão marítima, através das navegações. O início da exploração marítima portuguesa e a intensificação da busca por ouro, marfim e escravos durante o século XV, aliados à ascensão dos espanhóis no processo de expansão marítimo-comercial, motivou a assinatura do documento. O acordo dividia o “novo mundo” em duas partes, as terras a leste pertenciam a Portugal e as terras ao oeste da linha pertenciam à Espanha. A linha imaginária passava por Laguna. A assinatura foi intermediada pelo Papa Alexandre VI, que emitiu a Bula Inter Coetera, a qual estabeleceu uma linha imaginária para dividir o mundo, com o objetivo de acomodar as aspirações coloniais dos Reis Católicos.

Bula Inter Coetera e Tratado de Tordesilhas


Folha de rosto do Tratado de Tordesilhas (1494) - https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhas

Antes mesmo da descoberta de novas terras, ou do chamado “Novo Mundo”, Portugal e a Espanha acirraram uma disputa em 1492, com os conhecimentos do navegante genovês Cristóvão Colombo, do descobrimento da América, a serviço da coroa espanhola, a Espanha imaginava ter alcançado as Índias e queria garantir seu monopólio de sua exploração. Já os portugueses desejavam manter e assegurar seu monopólio sobre as rotas marítimas no sul do Atlântico e também a posse das terras que já suspeitavam existir a oeste do oceano atlântico. Tordesilhas foi a primeira tentativa de delimitação de território em que a forma esférica da Terra fez grande diferença.

Os portugueses sustentavam que suas terras estavam além do Rio da Prata, o que incluía o atual Uruguay. A Espanha insistia que suas terras envolviam boa parte da atual Região Sul do Brasil. Existiam diferenças entre as técnicas náuticas adotadas entre portugueses e espanhóis, além disso, acredita-se também que existiram erros propositais, com fins políticos, em certos mapas divulgados na época. O rei D. João V, em busca de melhor embasamento para negociações com a Espanha, enviou ao Brasil, em 1729, dois matemáticos jesuítas, Diogo Soares e Domingos Capace, com a missão de levantar dados mais precisos sobre os limites dos territórios da América Lusitana. Capace faleceu em 1736, mas Diogo Soares continuou o levantamento até 1748. Obviamente, os resultados obtidos eram segredo de estado. Polêmicas sobre a linha da demarcação de Tordesilhas, entre portugueses e espanhóis, durou até 1750, com o Tratado de Madrid. O limite estabelecido pelo Tratado de Tordesilhas caiu em desuso quando houve a União Ibérica (1580-1640). Nesse momento, tanto Portugal como suas possessões passaram a fazer parte da Coroa espanhola. Os colonos portugueses não precisavam ficar somente na costa e começaram a se aventurar no interior do território. Com essa expansão, foi necessário refazer os limites das colônias americanas entre os dois países, o que ocorreu através do Tratado de Madri, em 1750.

Laguna ganhou um monumento alusivo ao Tratado de Tordesilhas, em 7 de junho de 1975 foi inaugurado o monumento, projetado pelo arquiteto e historiador suíço, radicado no Brasil, Wolfgang Ludwig Rau. O monumento do Tratado de Tordesilhas localiza-se próximo à estação rodoviária, em frente ao Centro Administrativo Tordesilhas, prédio onde está instalado o governo municipal.

 Fontes: https://laguna.sc.gov.br/33144-2/

https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/bula-inter-coetera-tratado-tordesilhas.htm









Fotógrafa: Shayda Cazaubon

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