Vida
Ana de Jesus Ribeiro foi obrigada
a casar-se aos catorze anos, com uma pessoa com quem não tinha a menor
afinidade. Era o ano de 1835, o prédio onde vestiu-se para o casamento, fica ao
lado da igreja Santo Antônio, transformada num espaço histórico, a Casa de
Anita. Quatro anos depois, em 1839, Manuel se alista na Guarda Nacional do
Império e deixa Laguna e Anna. Foi o porto de Laguna que veria em 1839
transformar a pacata vila em cenário revolucionário. A República Rio Grandense
fundada pelos farroupilhas precisava prosperar e, para isso, necessitava chegar
até o mar. Os imperialistas controlavam os portos e rios do estado vizinho.
Garibaldi e seus aliados tomaram Laguna em julho de 1839, intitulado a
República Juliana. Anita conhece Garibaldi e quatro meses depois, quando os
revolucionários decidem sair de Laguna, a lagunense vai junto. Com Garibaldi
vai para Rio Grande do Sul, Uruguai e tem quatro filhos.
Na Itália, num dia frio e com
perseguidores por toda a parte, morria Anita Garibaldi, em 4 de agosto de 1849.
Ela foi uma heroína e revolucionária, juntamente com o seu companheiro italiano
Giuseppe Garibaldi, que conheceu aos 18 anos, em
Laguna durante a durante a Revolução Juliana. Tanto no Brasil como na Itália,
Anita é considerada exemplo de dedicação e coragem. Seu nome foi dado a dois
municípios, ambos em Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Monumentos
na Itália e Brasil lembram a heroína. Ela nasceu em Laguna em 30 de agosto de
1821. Assim que conheceu Giuseppe, Anita
se apaixonou e decidiu lutar pela independência de Santa Catarina e Rio Grande
do Sul e de outros territórios, ela estava com 18 anos. Enquanto estiveram
juntos, tiveram cinco filhos um deles morreu aos dois anos e outro junto com a
mãe. Anita seguiu seu marido nos combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul,
Uruguai (Montevidéu) e Itália, onde presenciou a proclamação da República Romana,
em 1849, mesmo ano da sua morte. Em 2012, seu nome foi inscrito no Livro dos
Heróis da Pátria, em Brasília.
Batalha
No ano de 1849, Anita desembarca
na Itália, com os filhos. Recebe como presente uma bandeira tricolor italiana.
A campanha para a unificação da Itália estava crescendo. Na época, a península
era um aglomerado de reinos dominados pelos austríacos contra a não unificação
do território. Numa destas batalhas, os austríacos saíram vitoriosos e
Garibaldi não aceitou a derrota e partiu. Anita foi junto, vestida como homem.
Foi sua última viagem. As cavalgadas noturnas, a má alimentação e as noites ao
relento minaram sua saúde. Ela estava grávida do quinto filho. Ao chegar à
República de São Marino, ardia de febre. Em 1º de agosto, no litoral tomaram
barcos para alcançar mais rápido Veneza, mas foram perseguidos por uma esquadra
austríaca. Dois dias depois chegaram a uma fazenda em Mandriole, perto de
Ravena, Anita não resistiu e morreu. O corpo da brasileira foi enterrado no
cemitério da Igreja de San Alberto, em Mandriole. Em 1932, seus restos mortais
ganharam um mausoléu em Roma.
Fonte: https://laguna.sc.gov.br/noticia-629415/#:~:text=Dois%20dias%20depois%20chegaram%20a,ganharam%20um%20mausol%C3%A9u%20em%20Roma.
Simona Granati - Corbis, Corbis via Getty Images
Anita foi sepultada sete vezes e
seus restos mortais estão, hoje, depositados sob um enorme monumento da Colina
do Gianícolo, em Roma. Na Itália, é popular e oficialmente considerada a Mãe da
Pátria Italiana. Frase famosa de Anita Garibaldi é "Virgem, tu hás de
pertencer-me um dia!".
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