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sábado, 9 de outubro de 2021

PERCURSO XLI Cemitério Municipal São Francisco de Assis e a Arte Tumular/Itacorubi/Florianópolis/SC

 O Cemitério Cemitério Municipal São Francisco de Assis e um Cemitério Secularizado, um espaço que reflete a organização da  sociedade local e abriga seus cidadãos na finitude da vida. Cada edificação tumular e sua arte identifica a posiçao social e politica dos grandes vultos das cidades de Desterro e de Florianopolis, bem como a simplicidade tumular dos menos abastados. Observou-se  uma vasta fonte de conhecimento atraves da arquitetura,  esculturas feitas em mármore de anjos, figuras femininas e inúmeros elementos decorativos em lápides, epitáfios com inscrições, fotografias, crucifixos, flores, imagens de santos que, em conjunto com o paisagismo formam o patrimônio, a riqueza cultural material e espiritual, nos diferentes períodos de edificação. A arte tumular esta inserida em uma cronologia, ou seja o gosto familiar e o artesão da época, mas sempre representam a religiosidade e seu entendimento da morte. E lastimável o  descaso com os objetos de arte, pois muito  estão em situaçao de deterioraçao pela atuação dos efeitos  do intemperismo nos aspectos: fisico (provocado por forças físicas que acabam gerando modificações na rocha); químico (reações químicas que acontecem entre  os minerais constituintes das rochas); biológico – (invasao de organismos vivos que se acumulam ao material pétreo).  Sabe-se que a restauraçao dos objetos é um encargo de alto custo para familiares, mas obras danificadas perdem seu valor estético.

O Primeiro Cemitério Publico foi construído em (1840), no Morro do Vieira cabeceira da Ponte Hercílio Luz, um espaço destinado àqueles que professavam a fé católica.

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Em virtude deste fato, os protestantes adquiriram um terreno ao lado e ali construíram sua necrópole que recebeu o nome de Cemitério do Alemão (1863) que embora fosse um cemitério particular aceitava. outros seguimentos religiosos.

Com a necessidade da construção da ponte Hercílio Luz os dois cemitérios foram transferidos para o segundo cemitério, “São Francisco de Assis”, no Itacorubi, em 18/11/1925. O governo de local optou por ofertar as “irmandades Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora do Parto, Mont Serrat, Santíssimo Sacramento, Comunidade Alemã, Ordem Terceira e Espírito Santo áreas separadas para uso” (Edna Teresinha da Rosa - Dissertação de Pós-Graduação em Geografia da UFSC).


Seu interior possui uma bela arborização, que traz bem-estar, visual agradável e sombra para os que visitam seus mortos e sentam nos bancos ali localizados. O espaço é distribuído entre praças, alamedas, quadras, comunidades e gavetas. Ao lado do muro lateral, catacumbas destinadas às Irmandades, posteriormente jazigos temporários ou permanentes, após as covas rasas. As primeiras quadras foram destinadas aos católicos. A riqueza em mármore nos seus diversos tons se evidencia em 90% nos túmulos.

            Uma das comunidades que me chamou a atenção foi da etnia alemã, localizado em uma alameda a direita, por sua arquitetura funerária, limpeza e organização, bem como, pelo atendimento do funcionário responsável pela área, Sr. José, em responder meus questionamentos.  O mesmo informou que esta comunidade é administrada pela ACCAF Associação Cemitério da Comunidade Alemã de Florianópolis e o municipal, pela Secretaria de Serviços Públicos (SESP).

            O Cemitério “São Francisco de Assis” também, tem suas lendas história e estórias, provenientes do registro de mortes que envolveram, pessoas famosas de Florianópolis e que com o passar dos anos são consideradas, santificadas, pois atendem pedidos e fazem milagres. Leiam esta reportagem onde o senhor Ênio Vilpert partilha seus preciosos conhecimentos: Fonte: http://horadesantacatarina.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2016/11/a-historia-escondida-do-cemiterio-sao-francisco-de-assis-8112802.html

























































ARTE FUNERÁRIA

 

 Antes de adentrar na arte funerária se faz necessário dissertar, sobre aspectos que são alicerces do tema:

 

O que é a Morte?

A morte sempre teve lugar de destaque nas antigas civilizações, nas crenças, ritos e tradições. Torna-se necessário refletir sobre a efemeridade da vida e sua sombra, a morte, para administrar as sensações, emoções e sentimentos pertinentes à perda e luto. Seu conceito refere-se à cultura de cada povo, mas para todos é o símbolo da dor.

 Na cultura de nossos antepassados a morte era um processo doloroso, pois o seu derradeiro suspiro ocorria em ambiente familiar, onde o doente era cercado de atenções. Este processo foi alterado com o avanço científico e tecnológico, pois os conhecimentos da ciência proporcionam ao homem, esperanças de cura para suas moléstias e, desta forma, o homem nega a realidade da morte e as tradições que alicerçaram o passado criando uma expectativa de imortalidade, mas esquece de que, apenas a alma é imortal.

O homem teme a finitude de seu universo íntimo, onde armazena a certeza que a morte é um mistério indecifrável, a guardiã da chave para a eternidade, o desconhecido.

Ao atravessar dos séculos a morte teve inúmeras alegorias no mundo Ocidental, um modelo imaginário e descrito, através das artes, pintura, gramática e retórica, música e literatura. O ícone da morte é a foice, um manto preto, o qual encobre um esqueleto que perambula no inconsciente individual. Quem diz que a morte é negra, que carrega uma foice para ceifar vidas? O homem e sua imaginação que sem controle ocasiona, distúrbios nas emoções e desta forma deleta, a morte em seu consciente.

 

 O que representa o cemitério?

 A etimologia da palavra cemitério é derivada do latim “coemeterium” e do grego “koimetérion”, um lugar de repouso, moradia dos antepassados, onde o passado e o presente têm encontro marcado, para o homem se permitir aos ritos religiosos, às lembranças, à memória, às lágrimas e à oração. É considerado o local onde se abriga os mortos, o lugar mais antigo e próximo na história do homem, pois desde que existe vida, existe a morte. Para muitos é um local sagrado e chamado de Campo Santo, para alguns, a Cidade dos Mortos, pois seu espaço geográfico é dividido por áreas, cada área com avenidas, ruas e números de identificação.

As sociedades diversificam seu entendimento sobre morte e seus rituais, de acordo com suas crenças, mas sabem que existe necessidade de uma necrópole para os mortos, de preferência, longe dos centros urbanos. Desta forma surgiram, os cemitérios extra muros, afastados do convívio dos vivos, mas observa-se que na maioria dos locais, a cidade dos vivos em sua expansão, se direciona à necrópole dos mortos.

Os cemitérios são fontes inesgotáveis de informações para àqueles que desejam dedicar-se à pesquisa como arquitetura, geografia, tipologia tumular, símbolos, alegorias, estatuárias, lápides, etnias, grafologia, epitáfios, etc., bem como, cultos religiosos e fonte de aprendizado por seu valor histórico e artístico.

A arquitetura tumular engloba a arte neoclássica que resgata os valores estéticos relativa a civilização da antiguidade clássica entre o século XVIII até meados do século XIX, a arte eclética, a mistura dos estilos arquitetônicos gótico, barroco e neoclássica no final do século XIX até o início do século XX e a arte moderna, na utilização do ferro e concreto armado nas formas simples, geométricas e sem ornamentos, a partir do final do século XIX.

Desta forma conclui-se que, o cemitério é um patrimônio cultural. O  patrimônio cultural material é classificado de acordo com sua natureza: paisagístico (espaços abertos que preservam suas áreas verdes); etnográfico (cultura dos povos); histórico (nesses espaços que repousam os restos mortais de pessoas, ilustres ou não, que contribuíram de alguma forma para a história da cidade); belas artes (manifestações artísticas de natureza visual  como a arquitetura tumular com função ornamental), pela sua riqueza de elaboração, no uso de rochas metamórficas e ígneas e, especialmente, em ferro fundido e forjado e  metais, etc.). Eles estão divididos em bens imóveis (construções, de modo que se não possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano); núcleos urbanos (localização); e bens individuais como: documentos (acervos); arquivísticos (informação em qualquer tipo de suporte); fotográficos (imagens).

 O patrimônio cultural imaterial nos cemitérios insere-se no respeito aos espíritos dos ancestrais, às celebrações dos rituais religiosos, aos saberes e fazeres das práticas culturais coletivas, a historicidade da sociedade local, ou seja, um memorial de sensações vividas pela sociedade da época e sua preservação deve ser vista, como questão de cidadania.Os bens patrimoniais materializaram os símbolos de uma sociedade, que alimenta a memória coletiva a qual está em permanente evolução, atrelada às lembranças e ao esquecimento no inconsciente, entre lacunas e o renascer.

O patrimônio ceminterial está sob a proteção de decretos e leis do Centro do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). No Brasil temos a Associação Brasileira de Estudos Cemitérios (ABEC), fundada na Universidade de São Paulo, com o apoio do Governo Federal.

 

Arte Funerária

Os adornos colocados nos túmulos fazem parte da cultura humana desde os primórdios, pela necessidade que o homem tem de manter viva a imagem do seu semelhante morto e, no caso das pessoas mais abastadas, a necessidade de monumentalizar-se perante a comunidade, ou seja, eternizar a sua posição de destaque na sociedade do qual fazia parte.  Esta arte revela a cultura de etnias em seu contexto histórico, ideológico, social e econômico, no entendimento de vida e morte. As tipologias usadas: o mármore, granito, ferro fundido, bronze e os objetos são colocados em cima de sepulturas, para preservar a memória coletiva para futuras gerações. A nobreza ostentava como símbolos seus brasões e burguesia demonstrava sua importância, através da suntuosidade.

 Acredita-se que os símbolos com seu potencial de identificação constituem um universo complexo, aparentemente infinito, pois é enorme a variedade entre formas e discurso dificultando sua classificação, haja visto que, cada símbolo possui uma qualidade intrínseca. Eles determinam ação, ordem, poder, filosofia, crença, movimento, direcionados à conceitos profundos, pois insinuam aquilo que os olhos não veem, aspirações, desejos, medos e outros conceitos insondáveis, como divindade, alma, fé, mortalidade, inocência, beleza, pureza e transcendência.    De acordo com Erwin Panofsky para analisar um símbolo ou ícone é indispensável desenvolver dois processos, análise iconográfica que mostra a realidade perceptível do objeto com a descrição de seus elementos e a análise iconológica, que interpreta a realidade da intenção do objeto.

Obs. O texto acima descrito foram recortes de meu TCC (2015), no Curso de Bacharelado em Conservação e Restauração de Bens Culturais Móveis (UFPel) -  HOMENAGEM PÓSTUMA NO CEMITÉRIO DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PELOTAS: SIMBOLOGIA DO MONUMENTO AOS QUE MORRERAM IGNORADOS.

 

Arte funerária no Cemitério de Itacorubi

Observou-se no cemitério uma vasta fonte de estudo sobre a Arte Funerária, na arquitetura, em esculturas feitas em mármore de anjos, figuras femininas e inúmeros elementos decorativos em lápides, epitáfios com inscrições, fotografias, crucifixos, flores, imagens de santos que, em conjunto com o paisagismo formam o patrimônio, a riqueza cultural material e espiritual, nos diferentes períodos de edificação. Por não conhecer a história de Santa Catarina e o inventário do referido cemitério é impossível fazer uma “leitura das obras de arte” dentro da cultura Catarinense. Desta forma citarei apenas, elementos encontrados sob o aspecto da iconografia, que trata de representações por meio de imagens (representação de alguma coisa ou pessoa) e ícones (estampa, estátua, escultura, símbolo religioso), de acordo com meu aprendizado na Disciplina de Iconologia e pesquisas sobre o assunto.


Tipologia cris– A figura de um Anjo de pé, com asas abertas como se fosse alçar voo. Sua cabeça está reta com uma tiara que prende cabelos encaracolados e uma estrela de cinco pontas, uma ponta para cima é atrativa de energias cósmicas benéficas. Sua boca está fechada com lábios grossos, queixo arredondado, pescoço curto e roliço. Sua expressão facial é de resignação. Seu braço direito está erguido, a mão direita está com os dedos, médio, anular e mínimo fechados, o polegar reto e o indicador apontam para o céu com relação ao percurso da alma do falecido por ter sido uma pessoa boa. O braço esquerdo está dobrado e seus dedos estão flexionados e segura uma faixa por cima do panejamento que é comprido, possui pregas verticais com leve ondulação.  A missão dos Anjos é cuidar da alma da pessoa e garantir boa travessia.



Tipologia cristã - Medalhão com a cabeça de Jesus fixada no centro de uma cruz. A cabeça está levemente inclinada para a direita, olhos semicerrados, sobrancelhas espessas, barba curta, cabelos longos cacheados, lábios entreabertos, expressão facial de sofrimento.




Tipologia cristã - Uma cruz latina de cimento que simboliza sorte e esperança. Representa a interseção do plano material com o transcendental em seus eixos perpendiculares.



Tipologia cristã - Representa o Sagrado Coração de Jesus em frente uma cruz latina em suporte de mármore. A cabeça está levemente inclinada para a esquerda, o cabelo é longo e cacheado e repartido no meio na cabeça. Os traços faciais mostram um rosto afinado, queixo alongado. As sobrancelhas estão levemente arqueadas, os olhos abertos e o olhar de sofrimento e resignação dirigido para baixo. Nariz longo, narinas alongadas, boca com lábios grossos fechados, bigode e barba espessa, pescoço longo e bem torneado. O panejamento é pesado com pregas verticais que moldam seu corpo e com dobras nas mangas longas. O manto cai sobre os ombros e cobre seus braços formando umas leves ondulações. O braço direito está ao longo do corpo com a mão de dedos longos espalmada, para baixo onde observa-se uma chaga. O braço esquerdo está dobrado e sua mão está com os dedos polegar e indicador voltados para o símbolo do Sagrado Coração de Jesus, os dedos médios e anular dobrados e o mínimo flexionado.  As pernas são longas e eretas e os pés estão descalços. A inscrição no epitáfio “Ad Luchem” está escrita em Latim e significa, “à luz”.



Tipologia cristã – Imagem de Anjo fixada em pedra, com asas abertas, cabeça inclinada para baixo, cabelos longos sobre os ombros, orelhas descobertas, sobrancelhas finas, ombros nus, olhos abertos, um olhar sereno, nariz arrebitado, boca fechada com lábios finos, pescoço curto delineado. Panejamento comprido, leve, com pregas verticais ondulantes, tiras e arremate superior bordadas, mangas compridas e largas. O braço direito está levemente dobrado e a mão direita com os dedos mindinho, anular e medio flexionados e, entre o polegar e o indicador segura, ramalhete de rosas que representam a glória do Paraíso. O braço esquerdo está ao longo do corpo com a mão espalmada para a terra e mostra o caminho espinhoso traçado durante a vida até a glória maior.



Tipologia Alegórica - O ornamento do túmulo é uma estátua de criança orante de pé apoiada, em mármore e representa pureza, normalmente estão presentes em túmulos de crianças ou natimortos. A cabeça ereta com cabelos crespos, rosto arredondado, sobrancelhas ligeiramente arqueadas, olhos abertos com pupilas escuras, orelhas descobertas, nariz pequeno com narinas alongadas, pescoço grosso e delineado, com um crucifico pendurado. Sua expressão facial é meditativa em oração por familiares e pelo encaminhamento do espírito. O panejamento solto tem uma gola bordada e vai até a metade da perna na frente e mais longo, na parte atrás. As mangas curtas são dobradas nos braços. As pernas estão retas e os pés descalços. Na lápide está escrito o nome, data nascimento e óbito.



Tipologia cristã - Cruz latina rústica em suporte de madeira fixada em pedras, instrumento de condenação à morte nos tempos de Jesus, ela nos lembra o supremo sacrifício que Jesus ofereceu pelos pecados de todo mundo, a ressurreição e esperança da vida eterna.  O homem e semelhante a árvore em seus ciclos de vida, nascer, viver e morrer e o galho em sua volta simboliza a morte. Sua fixação em pedras é inerente a sociedade da época e o pergaminho representa a lápide que pelo mau estado de conservação está ilegível.



Tipologia crista - Anjo sentado em bloco de mármore, com as asas em repouso. Sua cabeça com cabelos encaracolados repartidos ao meio é inclinada para baixo. O rosto e alongado e termina em ponta no queixo. Orelhas cobertas, sobrancelhas finas, olhos semiabertos com as pupilas escuras. Nariz fino com narinas alongadas, covinhas em baixo do nariz, pescoço longo e torneado, boca bem fechada com lábios grossos. Sua face com o olhar em direção a terra denota sofrimento e dor. O panejamento superior pesado possui ornamentos com motivos florais e pregas verticais, a parte inferior o tecido tem pregas verticais que denotam leve movimento e a barra tem o mesmo bordado do panejamento superior. Seus braços estão nus, o direito dobrado com o cotovelo encostado no suporte, a mão com os dedos flexionados apoiada na testa a qual segura uma parte do panejamento. Seu braço esquerdo está levemente dobrado e segura com a mão reclinada e dedos flexionados, uma guirlanda de flores com botões de rosas, margaridas e papoulas apoiada na perna esquerda. A perna direita esta levemente flexionada com o pé coberto e a esquerda está reta com o pé descoberto, sem sandálias. No lado direito do suporte tem um ramo de papoula.

Na escultura há vida, pois tem ninhos do pássaro Joao de Barro, um no colo e outro na cabeça do Anjo, pois no local há flores e árvores.



Tipologia cristã – Túmulo vertical de mármore com um Anjo de pé e asas abertas, com um festão com papoula entre fitas como símbolo decorativo. Sua cabeça possui cabelos longos cacheados repartidos ao meio e inclinada.   O rosto é alongado e termina em ponta no queixo. Orelhas cobertas, sobrancelhas grossas, olhos semiabertos com as pupilas escuras. Nariz fino com narinas alongadas, covinhas em baixo do nariz, pescoço longo, boca fechada com lábios finos. Sua expressão facial é melancólica.  Seu panejamento tem uma pala bordada com flores, pregas verticais, mangas curtas dobradas. Os braços estão caídos ao longo do corpo e as mãos seguram um ramalhete de flores que simbolizam a saudade.



Tipologia cristã, túmulo verticalizado símbolo da Ascenção.  Um Anjo Pensativo com asas abertas sentado em uma pedra com flores no colo. A cabeça está apoiada no braço direito que está dobrado e o pensamento reflete, sobre os atos do falecido. O braço esquerdo está dobrado com a mão apoiada no globo que representa vida e morte terrena. Na volta do globo tem uma grinalda com flores de papoulas. O panejamento e longo e tem pregas verticais e onduladas que denotam leves movimentos. As mangas são compridas com punhos bordados igual a barra do panejamento. Sua perna direita esta reta e a esquerda flexionada, os pés estão descalços. A lápide no túmulo tem ramo de flores e consta nome, data de nascimento e morte.



Monumento vertical - As colunas são símbolos de sustentação, também representam a energia vital. Quando é uma coluna quebrada representa a vida que se quebrou. Em geral são encontrados em túmulos de crianças ou jovens, ou a figura forte de um patriarca.  Tem como símbolo decorativo uma guirlanda de flores com rosas, margaridas e papoula que representam homenagem e seu ornamento e um manto que representa o luto. Na lápide está escrito nome, data nascimento e morte.


Tipologia Alegórica – Pranteadora Guardiã em posição ereta, a cabeça inclinada para a direita coberto com um manto, os cabelos e orelhas. Sua expressão facial e serena. Sua vestimenta com ondulações denota leve movimento. Os braços estão caídos ao longo do corpo e entre as mãos tem um ramalhete de flores. O pé direito está semi descoberto e mostra uma sandália que lembra a época romana. Ao lado esquerdo tem uma árvore de salso chorão que simboliza a imortalidade


Tipologia alegórica – Túmulo vertical em mármore que tem como ornamento, a Urna Funerária decorada com uma guirlanda floral que representa a vitória, apoiada em suporte em forma de concha que representa a ressurreição e coberta por um manto que representa o luto. Encimada na urna tem uma pira com chamas voltadas para cima que representa a Ascenção espiritual. Na frente tem uma pranteadora ereta de pé. Suas vestes delicadas com pregas verticais e faixa na cintura denotam movimento. Sua cabeça está inclinada para baixo e coberta por cabelos longos com cachos naturais. Seu rosto arredondado com covinhas no queixo. Nariz fino com narinas alongadas, olhos semi abertos, com pupilas escuras e lábios fechados. Sua expressão facial expressa a tristeza. Seu pescoço bem torneado e seus braços estão caídos ao longo do corpo, com as mãos entrelaçadas e no braço direito carrega, uma guirlanda de rosas e folhagens que simboliza saudade. 




Monumento vertical que simboliza ascensão no suporte de mármore.  O ornamento e uma urna funerária em forma de vaso e um manto que representa o luto. Suas alças tem o design de arabesco decorados com folhas de acanto e uma guirlanda de rosas.  Nas laterais tem festões com flores presos com laços de fitas. A lápide contém inscrições com nome da família, data de nascimento e óbito.



Monumento vertical que significa Ascenção e uma lápide, com elementos decorativos de duas colunas gregas da ordem Jônica, um símbolo Maçônico que representa, a sabedoria que norteia as decisões terrenas. Na parte superior da lápide uma coroa e na parte inferior, inscrições com nome, data de nascimento e óbito


Monumento vertical – que simboliza a Ascenção. Na parte superior o ornamento tem uma Urna Funerária com arabescos e uma coroa de flores de perpétua com laço de fita, coberta por um manto que é sinal de luto. Na parte inferior tem uma coroa de papoula com fitas e dois vasos vazios decorados com folhas de acanto que representam a separação do corpo e alma e a guirlanda fixada por fitas que   significa homenagem. Na lápide contém inscrições com nome da família, data de nascimento e óbito.



Tipologia Cristã - Representação da Virgem Maria. No Brasil há uma preferência pela Nossa Senhora da Conceição Aparecida por ser a padroeira. Suas vestes são cobertas por um manto desde a cabeça levemente inclinada para a esquerda com expressão facial meditativa e as mãos, em posição de oração por seus filhos. As mãos na altura do coração nos falam que a oração deve ser feita com sinceridade.



Tipologia cristã - Pietá e a escultura de Maria com expressão facial de resignação, com Jesus recém crucificado nos braços. Maria representa o desejo de que a alma seja bem recebida. Com sua vestimenta drapeada está sentada em uma pedra com Jesus deitado em seu colo, com o corpo esquálido e a cabeça arremessada para trás e enlaçado, pelo braço direito de Maria em apoio às suas costas. Seu braço esquerdo está direcionado a perna esquerda de Jesus, com a mão aberta em posição de proteção. Quando esta escultura é colocada em túmulos significa que, familiares pedem que aquele espirito seja bem recebido.



Monumento vertical que evoca além da individualidade, a historicidade da trajetória de vida. Na parte superior o elemento decorativo é uma urna funerária, ornamentada com arabescos, folhas de acanto e na cabeceira uma coroa de flores que simboliza o ciclo de vida eterna, uma passagem para nova vida. As quinas estão apoiadas em patas de felinos, para lembrar que o falecido era o responsável pelo sustento da família. Finaliza coberta por um manto que representa o luto. Na parte inferior, os elementos decorativos são a lápide com nome, data nascimento e morte, uma voluta de um lado e no outro tocha invertida que simboliza que a alma da pessoa falecida ainda está flamejando na vida eterna. Em baixo da lápide detalhes com folhas de acanto.



Pranteadora guardiã do túmulo do Educador e ex-aluno da escola Naval do Rio de Janeiro.  Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=444675

Em sua lápide está escrito nome, data de nascimento e óbito e acima uma foto em forma oval do falecido em bronze.



Tipologia Alegórica – Parte I - Pranteadora guardiã sentada na beira do túmulo feita em bronze. Sua cabeça está ereta e seu olhar direcionado a cabeceira do túmulo. Entre seus cabelos cacheados tem uma tiara larga com a palavra “Gratidão”. Sua expressão facial é de resignação e serenidade. Seu vestuário é leve e mostra suas formas e as mangas são curtas. Seu braço direito com os dedos flexionados e segura uma coroa de louros, símbolo de grande mérito, glória e imortalidade.



Tipologia Alegórica – Parte II - A pranteadora está ereta sentada na beira do túmulo com o braço direito para baixo e entre seus dedos flexionados está uma palma que simboliza, o triunfo sobre a morte.



Túmulo Jorge Lacerda

De acordo com informações obtidas no Museu Histórico de Santa Catarina, em 20/2/2020, o tumulo de Jorge Lacerda, Governador de Santa Catarina, no período de 1956 a 1958 e falecido em 16 de junho de 1958 foi doado, pelo decreto nº 58 em 19/6/1958, assinado pelo Prefeito de Florianópolis, Osmar Cunha. A alegoria representa “uma visão para o futuro”, Anjo doado pelo escultor Bruno Giorgio.

 

 

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