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quarta-feira, 16 de abril de 2025

CLIV – Laguna – Casa Museu Anita

 

Foto: Déborah Gouthier/Iphan. SC_LAGUNA

Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em  30/08/2019 foi reinaugurado o Museu Casa de Anita, prédio de 1711. Obra do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), recursos provenientes do Pac das Cidades Históricas, no valor R$ R$ 482.812,44, do Governo Federal.

Na casa típica colonial luso brasileira construída por volta de 1711 estão expostos painéis com a saga de Anita: seu nascimento, casamento, as batalhas, amor por Giuseppe Garibaldi e sobre a sua família.    A mulher de personalidade forte estará viva nas narrativas com dados históricos. A lagunense vivia na Vila em 1839, onde durante a República Juliana conheceu o companheiro Giuseppe. Eles viveram juntos por 10 anos. Morou no Uruguai e na Itália, sua última morada. Teve cinco filhos. Faleceu em 1849, em Ravenna, na Itália.

O edifício que sedia a Casa de Anita Garibaldi é, possivelmente, a primeira edificação em alvenaria construída na atual Praça Vidal Ramos, à época conhecida como Campo do Manejo. A casa era residência de Anacleto Mendes Braga, que confeccionava vestidos de noivas e, muitas vezes servia de espaço para as próprias recepções dos casamentos, como aconteceu com Anita Garibaldi, na ocasião de sua união com seu primeiro marido, em 1835.

A coordenadora dos museus Franciele Meurer, uma das responsáveis pela exposição permanente, explicou que para o público infantil terá painéis ao ar livre, com histórias em quadrinhos sobre a trajetória da heroína, no caminho por decks de madeira, ao lado do pequeno playground para crianças.  A casa amarela, como é conhecida, não foi a residência da lagunense. Anita foi morar com o sapateiro Manoel e sua família em uma pequena casa na rua Fernando Machado, no centro da cidade de Laguna, poucos metros do museu reinaugurado.

Fontes: https://laguna.sc.gov.br/noticia-572391/






































Fotógrafa: Shayda Cazaubon








































































CLIII – Laguna – História de Anita Garibaldi




Vida

Ana de Jesus Ribeiro foi obrigada a casar-se aos catorze anos, com uma pessoa com quem não tinha a menor afinidade. Era o ano de 1835, o prédio onde vestiu-se para o casamento, fica ao lado da igreja Santo Antônio, transformada num espaço histórico, a Casa de Anita. Quatro anos depois, em 1839, Manuel se alista na Guarda Nacional do Império e deixa Laguna e Anna. Foi o porto de Laguna que veria em 1839 transformar a pacata vila em cenário revolucionário. A República Rio Grandense fundada pelos farroupilhas precisava prosperar e, para isso, necessitava chegar até o mar. Os imperialistas controlavam os portos e rios do estado vizinho. Garibaldi e seus aliados tomaram Laguna em julho de 1839, intitulado a República Juliana. Anita conhece Garibaldi e quatro meses depois, quando os revolucionários decidem sair de Laguna, a lagunense vai junto. Com Garibaldi vai para Rio Grande do Sul, Uruguai e tem quatro filhos.

Na Itália, num dia frio e com perseguidores por toda a parte, morria Anita Garibaldi, em 4 de agosto de 1849. Ela foi uma heroína e revolucionária, juntamente com o seu companheiro italiano Giuseppe Garibaldi, que conheceu aos 18 anos, em Laguna durante a durante a Revolução Juliana. Tanto no Brasil como na Itália, Anita é considerada exemplo de dedicação e coragem. Seu nome foi dado a dois municípios, ambos em Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Monumentos na Itália e Brasil lembram a heroína. Ela nasceu em Laguna em 30 de agosto de 1821.  Assim que conheceu Giuseppe, Anita se apaixonou e decidiu lutar pela independência de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e de outros territórios, ela estava com 18 anos. Enquanto estiveram juntos, tiveram cinco filhos um deles morreu aos dois anos e outro junto com a mãe. Anita seguiu seu marido nos combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu) e Itália, onde presenciou a proclamação da República Romana, em 1849, mesmo ano da sua morte. Em 2012, seu nome foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em Brasília. 


Giuseppe Garibaldi

Batalha

No ano de 1849, Anita desembarca na Itália, com os filhos. Recebe como presente uma bandeira tricolor italiana. A campanha para a unificação da Itália estava crescendo. Na época, a península era um aglomerado de reinos dominados pelos austríacos contra a não unificação do território. Numa destas batalhas, os austríacos saíram vitoriosos e Garibaldi não aceitou a derrota e partiu. Anita foi junto, vestida como homem. Foi sua última viagem. As cavalgadas noturnas, a má alimentação e as noites ao relento minaram sua saúde. Ela estava grávida do quinto filho. Ao chegar à República de São Marino, ardia de febre. Em 1º de agosto, no litoral tomaram barcos para alcançar mais rápido Veneza, mas foram perseguidos por uma esquadra austríaca. Dois dias depois chegaram a uma fazenda em Mandriole, perto de Ravena, Anita não resistiu e morreu. O corpo da brasileira foi enterrado no cemitério da Igreja de San Alberto, em Mandriole. Em 1932, seus restos mortais ganharam um mausoléu em Roma.

Fonte: https://laguna.sc.gov.br/noticia-629415/#:~:text=Dois%20dias%20depois%20chegaram%20a,ganharam%20um%20mausol%C3%A9u%20em%20Roma.


Simona Granati - Corbis, Corbis via Getty Images 

Anita foi sepultada sete vezes e seus restos mortais estão, hoje, depositados sob um enorme monumento da Colina do Gianícolo, em Roma. Na Itália, é popular e oficialmente considerada a Mãe da Pátria Italiana. Frase famosa de Anita Garibaldi é "Virgem, tu hás de pertencer-me um dia!".



CLII – Laguna – Passeio Centro Histórico

O centro histórico de Laguna é um museu a céu aberto, com edifícios que retratam a trajetória da cidade. O centro histórico de Laguna  - tombado pelo Iphan, em 1985 - é formado a partir do porto original e abriga cerca de 600 imóveis. Os 600 prédios tombados no centro histórico de Laguna são casarões, praças, edifícios e outros imóveis. Eles representam a história da cidade, desde o século 19 até o início do século 20. O tombamento é uma ação do poder público para preservar bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo para a população. O tombamento impede a destruição ou descaracterização dos bens. No município, existem 43 sítios arqueológicos. A colonização açoriana, no Estado de Santa Catarina, resultou em um belo conjunto arquitetônico cercado por lindas praias, e um dos maiores sítios arqueológicos de sambaquis da América, alguns com 35 metros de altura. A cidade - terra natal de Anita Garibaldi - testemunhou importantes momentos da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos -  de 1835 a 1845), e foi a terceira povoação portuguesa o litoral de Santa Catarina.

Possui edificações carregadas de decorações, vidros desenhados e ferros importados: o telhado arrematado com platibandas ornamentais, balaustradas, e calha para escoar a água das chuvas, além de paredes construídas com tijolos e cal, dando maior precisão e diminuindo a espessura. Estes novos elementos marcaram fortemente o patrimônio arquitetônico de Laguna. De seu extenso território original desmembraram-se as capitais Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).

Durante a segunda metade do século XIX, os comerciantes desfrutaram de uma boa situação econômica que possibilitou melhores condições de vida para população local. Esse período - a época áurea de Laguna – resultou em algumas construções do centro histórico que testemunham a riqueza da cidade. A implantação das novas edificações nos lotes urbanos aos poucos se modificou. As casas térreas e os sobrados passaram a conviver com novos prédios e residências de estilo eclético.

A princípio, eram os porões altos ainda no alinhamento dos lotes. Mais tarde, surgiram os recuos laterais, possibilitando os acessos por escadas junto aos jardins, cada vez maiores e mais imponentes. O espaço urbano alterou-se, significativamente, e passou a incorporar vazios entre as edificações, que antes formavam uma superfície contínua com as fachadas das casas. As construções ecléticas foram locadas, principalmente, na parte mais central do centro, sendo a maioria construída para uso residencial.

Na virada do século XIX para o XX, com o enriquecimento da população, a cidade testemunhou o desenvolvimento urbano e intelectual mais significativo desde a sua fundação. Surgiram, nessa época, o Teatro Sete de setembro (1858), a tipografia do primeiro jornal (1878), o hospital (1879), o primeiro hotel na Rua da Praia, o Cine Central, a iluminação pública a petróleo (1891), o antigo Mercado Público (1893), o Jardim Calheiros da Graça com chafariz, palmeiras e iluminação (1914 e 1915), Biblioteca Pública e o prédio do Banco Nacional do Comércio (1925). 

http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/397/#:~:text=O%20centro%20hist%C3%B3rico%20de%20Laguna,munic%C3%ADpio%2C%20existem%2043%20s%C3%ADtios%20arqueol%C3%B3gicos.




























Bairro Cabeçudas

Cabeçuda é um dos bairros mais emblemáticos de Laguna, Santa Catarina, situado estrategicamente próximo à entrada da cidade e ao acesso principal pela BR-101. Este bairro é conhecido por sua atmosfera tranquila, ruas arborizadas e seu forte vínculo com a história e a cultura local. Com vistas privilegiadas para a Lagoa de Santo Antônio, Cabeçuda encanta pela sua beleza natural e pelo clima acolhedor. A região é ideal para quem busca qualidade de vida em um local que combina paisagens encantadoras e fácil acesso aos serviços essenciais. O bairro mantém uma forte ligação com as tradições lagunenses, sendo um ponto de passagem para quem deseja explorar os atrativos históricos e culturais da cidade. Cabeçuda também é conhecida por abrigar moradores que valorizam o ambiente tranquilo e familiar, mas que ao mesmo tempo desejam estar conectados a outras regiões, graças à proximidade com a rodovia. A Lagoa das cabeçudas é linda.







Fotógrafa: Shayda Cazaubon


CLI - Laguna – História da Cidade de Laguna

 


O navegador português André Afonso Gonçalves é reconhecido como o descobridor da cidade de Laguna, em Santa Catarina, no dia 29 de agosto de 1502.

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=3380167555574921&id=1702491076675919&set=a.1719853741606319&locale=pt_BR

[...]O local onde foi implantada a povoação, no século XVII, é um anfiteatro natural protegido pelos morros da Glória e do Mato Grosso, eixo da praia onde se fixaram colonos vindos da Capitania de São Vicente. Povoado fundado pelo bandeirante Domingos de Brito Peixoto Vicente, em 1678, com a construção de uma capela de taipa dedicada a Santo Antônio dos Anjos, onde está a atual Igreja Matriz Santo Antônio dos Anjos.


Laguna nasceu em terras de disputa colonial, atendendo a uma solicitação do rei de Portugal que desejava expandir a fronteira do Tratado de Tordesilhas, firmado com a Espanha. Com a chegada dos bandeirantes, a vila de origem indígena foi organizada, povoada e se transformou em ponto de partida de expedições. O fundador batizou o lugar como Santo Antônio dos Anjos de Laguna, mas poucos moradores fixaram residências na localidade, nesse período. No início da colonização do Brasil, tal território compunha a parte mais meridional do Brasil, na Capitania de Santana, onde incide a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas (1494), separando as terras de Portugal (a leste) e Espanha (a oeste). Do conflito entre metrópoles, uma extensa colônia passava a se formar. Por esse motivo, Laguna tornou-se importante ponto geográfico para Portugal. A linha imaginária passava por Laguna e, atualmente, o monumento do Tratado de Tordesilhas está localizado ao lado da rodoviária, no centro histórico da cidade.

Entre os séculos XVI e XVIII, cerca de 100 mil portugueses se deslocaram para o Brasil, muitos vindos dos Açores. Nessa mesma época, Portugal temia invasões espanholas no Sul do Brasil, principalmente no litoral de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, áreas estratégicas para se chegar ao rio da Prata. O acesso ao litoral permitia o abastecimento das embarcações com água e alimentos. Havia, também, a disputa para alargar as fronteiras da colônia Brasil.

Em 1714, Santo Antônio dos Anjos de Laguna tornou-se vila e, por volta de 1720, iniciaram-se as primeiras expedições para o sul. A partir de então, portugueses e paulistas se instalaram na região que, entre 1740 e 1756, adquiriu importância e prosperou. Os primeiros colonizadores, conhecidos como portugueses dos açores, ocuparam o local onde pescavam e cultivavam o solo, incentivados pela Coroa Portuguesa.

Houve uma grande modificação nos usos e costumes da vila, maior desenvolvimento da agricultura e dos moinhos de farinha de mandioca. Os açorianos adaptaram-se à nova vida e modificaram alguns de seus hábitos, inclusive os alimentares. Substituíram a farinha de trigo, base da alimentação de seu país, pela farinha de mandioca e a carne pelo peixe que era salgado para consumo ou exportação. Até o início do século XIX, a economia continuou sendo de subsistência.

A Revolução Farroupilha, deflagrada no Rio Grande do Sul (1835 a 1845), teve como uma das principais causas as dificuldades econômicas. A economia do Rio Grande do Sul era focada na criação de gado e a sobrevivência do povo riograndense baseava-se na cultura do charque (carne-seca, em outras regiões do Brasil). Os farroupilhas fundaram a República Rio Grandense que precisava prosperar e, para isso, necessitava chegar ao mar, entretanto, o exército do Governo Imperial do Brasil controlava os portos e rios de Santa Catarina.

Anos depois, o porto de Laguna seria transformado em palco da luta separatista travada pelo Rio Grande do Sul contra o Governo Imperial. Em 1839, o revolucionário italiano Giuseppe Garibaldi, David Canabarro, Teixeira Nunes e soldados farroupilhas conquistam a vila de Laguna, declarando a República Catarinense, sob o comando de Jerônimo de Castilho. Canabarro, um dos chefes da revolução vitoriosa, oficia à Câmara, lembrando a necessidade de ser proclamada a independência de Santa Catarina. 

A Câmara de Vereadores de Laguna, presidida por Vicente Francisco de Oliveira, proclamou a independência e criou a República Catarinense ou República Juliana. Ainda em 1839, com apoio Garibaldi, os farroupilhas montaram uma manobra para surpreender os imperialistas navegando pelas lagoas Santo Antônio e Garopaba do Sul, pela barra do Camacho e seguindo pelo rio Tubarão. Anita Garibaldi participou da batalha naval entre farroupilhas e imperialistas. 

Com a derrota dos farroupilhas, todos esses atos foram tornados sem efeito. Nas décadas seguintes, o Governo Imperial realizou uma ocupação mais efetiva do território, com políticas de povoamento para o Sul. Em 1847, Laguna foi elevada à categoria de cidade, por decreto imperial e, nessa mesma época, começaram a chegar os imigrantes europeus (italianos e alemães). Os imigrantes desembarcavam no porto de Laguna e seguiam em ouras embarcações para o interior do país. Inicialmente, pelas lagoas e rios e, mais tarde, utilizavam a Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina (construída entre 1880 e 1884).

O desenvolvimento das colônias (Azambuja, Urussanga, Grão-Pará, Princesa Isabel e Braço do Norte)  gerou a produção de alimentos e outros produtos que eram trazidos de trem e escoados pelo Porto de Laguna. Fato que, com a exploração do carvão, elevou Laguna à 4ª posição no Estado quanto à movimentação portuária, na segunda metade do século XIX. O comércio e as indústrias da região, com as companhias de navegação, criaram um fluxo positivo de crescimento econômico para o município.

No final da década de 1950, a cidade decaiu economicamente devido à redução da atividade portuária, enfraquecimento do polo comercial, e fracasso na tentativa de industrialização. A partir da década de 1960, a construção civil sofreu quase que uma total paralisação. A construção da Rodovia BR-101 e abertura ao tráfego da ponte rodoviária da Cabeçuda, deslocou o polo econômico da região sul de Laguna para outros municípios, como por exemplo, Tubarão. Permaneceram, no município, a produção pesqueira e pequenas indústrias de confecções e processamento da fécula de mandioca e arroz[...]

Fonte:  http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1544/#:~:text=Os%20primeiros%20colonizadores%2C%20conhecidos%20como,moinhos%20de%20farinha%20de%20mandioca

 

Projeto de Lei n. 0060/2023

Institui nova data de fundação da cidade de Laguna e dá outras providências.

Art.1º Fica oficialmente reconhecido como DESCOBRIDOR da cidade de Laguna, o navegador português André Afonso Gonçalves na data de 29 de agosto de 1502.

Art. 2º Ficam oficialmente reconhecidos como os FUNDADORES da cidade de Laguna, os Freis Bernardo de Armenta e Afonso de Lebron, pertencentes a Ordem Franciscana ocorrido na data de 1º de dezembro de 1537.

Art. 3º Ficam mantidas todas as homenagens e reconhecimentos até então conferidos ao bandeirante vicentista Domingos de Brito Peixoto, que passará a ser considerado como o “POVOADOR” do município de Laguna.

Art. 4º Fica reconhecida como data de fundação da cidade de Laguna a data de 1º de dezembro de 1537, que passará a ser comemorado como feriado municipal.

Art. 5º Fica excluído o 29 de julho como feriado municipal, permanecendo apenas como homenagem à implantação da República Catarinense, proclamada por esta câmara de vereadores na histórica sessão de 29 de julho de 1839.

Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Rodrigo Bento

Vereador

Fonte: https://www.camaradelaguna.sc.gov.br/proposicoes/Projeto-de-Lei/2023/1/0/15009

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1544/

Fontes: Arquivo Noronha Santos/Iphan e IBGE


Fotógrafa: Shayda Cazaubon

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Percurso CL - Restauração do Chafariz do Mercado Público de Itajaí

 

Os chafarizes são guardiões da cultura, conectando gerações e contando histórias silenciosas de tempos passados. Sua presença cria uma ponte entre o passado e o presente, lembrando-nos da riqueza histórica de nossas comunidades. De acordo  com o Município de Itajaí “O Mercado Público Velho recebeu, nesta sexta-feira (22/11/2019), a entrega das obras de restauro e conservação do chafariz do Escultor Luigi Collares, feita em 1917, A peça histórica recebeu higienização, decapagem mecânica e química, remoção e desprendimento de intervenções inadequadas, além do conserto de fissuras e rachaduras, do sistema hidráulico, reconstruções volumétricas, acabamento, desmobilização e pintura. A empresa responsável pela obra foi o Atelier Ventos do Norte, do Rio de Janeiro (RJ) e o restaurador Oyama Achcar Pancotti. O investimento do município foi de R$ 17.400,00. Nós estamos muito felizes com o restauro. O chafariz é uma peça muito linda da história do Mercado Público e do município. Foi um trabalho intenso, mas muito recompensador poder vê-lo funcionando novamente”, contou Normélio Pedro Weber, superintendente das Fundações” Fonte: https://itajai.sc.gov.br/noticias/24233/chafariz-do-mercado-publico-volta-a-funcionar-apos-restauracao

 


PERCURSO CXLVIX - História de Itajaí e seu Mercado Público

 

A palavra Itajaí vem do Tupi-Guarani e significa rio que corre sobre as pedras, em menção ao Rio Itajaí-Açu, o maior rio da costa catarinense, que margeia o Município. No decorrer das décadas passou por povoamento, colônias, atividade econômica do comércio,  e a partir de 1823 foi fundada a capela do Santíssimo Sacramento, construída em 1823 e com ela foi criado, o curato, unidade administrativa e pastoral da Igreja Católica, que desempenhou um papel fundamental na formação e desenvolvimento das comunidades), um marco para a história da cidade, pois marcou o nascimento oficial de Itajaí e a primeira organização pública formal da região, em 1860 foi fundado oficialmente o Município.

Os  Mercados localizados em cidades no Brasil têm sua história, os quais, na maioria estão relacionados com a cultura local. A ideia de construir um mercado público em Itajaí surgiu em 1871, mas não prosperou. Em 1894, o comerciante Manoel de Souza Cunha apresentou uma proposta para a construção de um mercado particular, mas não obteve autorização. Em 1897, Pedro Ferreira obteve a concessão dos terrenos de marinha na "Praia do Rio". A obra foi autorizada em 1915 e o mercado foi inaugurado em 1º de janeiro de 1917. O mercado foi construído para sanear o comércio de carne e peixe, que era feito em bancas nas ruas. A arquitetura do mercado foi influenciada por elementos germânicos e açorianos. Como outros Mercados no Brasil  foi, palco de incêndios em 1936 e 1939, que alteraram a sua fachada e telhado. Em 1997, o mercado passou a abrigar o Centro de Cultura Popular. O mercado é tombado por sua importância histórica, artística e cultural.  É conhecido por sua gastronomia e cultura, desta forma, atrai visitantes de todo o mundo. No local, é possível saborear comidas típicas, comprar artesanato local e assistir a apresentações de músicos e artistas regionais. O município de Itajaí conta com dois órgãos responsáveis pela gestão histórico-cultural da cidade, um que trata com especificidade sobre o patrimônio histórico – a Fundação Genésio Miranda Lins (FGML), e o outro órgão responsável pela fruição, acesso e outras demandas da cultura local, que é a Fundação Cultural de Itajaí (FCI). A FGML foi o primeiro órgão público voltado aos fins culturais. Em todos esses anos, a fundação incentiva, apoia, promove e patrocina ações voltadas ao patrimônio cultural local. Itajaí dispõe de dezoito bens tombados por legislação municipal e estadual, os quais são descritos a seguir: Mercado Público Municipal / Centro de Cultura Popular - Decreto n.º 5755 de 17 de dezembro de 1998, Mercado Velho - Localização: Praça Felix Busso Asseburg e Decreto n.º 3460 de 23 de novembro de 2001 - Uso Atual: Centro de Cultura Popular Mercado Velho.  Com relação ao conceito de memória e história, Nora (1993, p. 09) contribui sinalizando que “A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado” e assim, se preserva a cultura de Itajaí, para próximas gerações. No último sábado estive presente a noite, em uma apresentação de “samba raiz” apresentado por uma grupo fantástico: https://www.instagram.com/familiaoliveira_blumenau/