O centro histórico de Laguna é um museu a céu aberto, com edifícios que retratam a trajetória da cidade. O centro histórico de Laguna - tombado pelo Iphan, em 1985 - é formado a partir do porto original e abriga cerca de 600 imóveis. Os 600 prédios tombados no centro histórico de Laguna são casarões, praças, edifícios e outros imóveis. Eles representam a história da cidade, desde o século 19 até o início do século 20. O tombamento é uma ação do poder público para preservar bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e afetivo para a população. O tombamento impede a destruição ou descaracterização dos bens. No município, existem 43 sítios arqueológicos. A colonização açoriana, no Estado de Santa Catarina, resultou em um belo conjunto arquitetônico cercado por lindas praias, e um dos maiores sítios arqueológicos de sambaquis da América, alguns com 35 metros de altura. A cidade - terra natal de Anita Garibaldi - testemunhou importantes momentos da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos - de 1835 a 1845), e foi a terceira povoação portuguesa o litoral de Santa Catarina.
Possui edificações carregadas de
decorações, vidros desenhados e ferros importados: o telhado arrematado com
platibandas ornamentais, balaustradas, e calha para escoar a água das chuvas,
além de paredes construídas com tijolos e cal, dando maior precisão e
diminuindo a espessura. Estes novos elementos marcaram fortemente o patrimônio
arquitetônico de Laguna. De seu extenso território original desmembraram-se as
capitais Florianópolis (SC) e Porto Alegre (RS).
Durante a segunda metade do
século XIX, os comerciantes desfrutaram de uma boa situação econômica que
possibilitou melhores condições de vida para população local. Esse período - a
época áurea de Laguna – resultou em algumas construções do centro histórico que
testemunham a riqueza da cidade. A implantação das novas edificações nos lotes
urbanos aos poucos se modificou. As casas térreas e os sobrados passaram a
conviver com novos prédios e residências de estilo eclético.
A princípio, eram os porões altos
ainda no alinhamento dos lotes. Mais tarde, surgiram os recuos laterais,
possibilitando os acessos por escadas junto aos jardins, cada vez maiores e
mais imponentes. O espaço urbano alterou-se, significativamente, e passou a
incorporar vazios entre as edificações, que antes formavam uma superfície
contínua com as fachadas das casas. As construções ecléticas foram locadas,
principalmente, na parte mais central do centro, sendo a maioria construída
para uso residencial.
Na virada do século XIX para o
XX, com o enriquecimento da população, a cidade testemunhou o desenvolvimento
urbano e intelectual mais significativo desde a sua fundação. Surgiram, nessa
época, o Teatro Sete de setembro (1858), a tipografia do primeiro jornal
(1878), o hospital (1879), o primeiro hotel na Rua da Praia, o Cine Central, a
iluminação pública a petróleo (1891), o antigo Mercado Público (1893), o Jardim
Calheiros da Graça com chafariz, palmeiras e iluminação (1914 e 1915),
Biblioteca Pública e o prédio do Banco Nacional do Comércio (1925).
http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/397/#:~:text=O%20centro%20hist%C3%B3rico%20de%20Laguna,munic%C3%ADpio%2C%20existem%2043%20s%C3%ADtios%20arqueol%C3%B3gicos.
Cabeçuda é um dos bairros mais
emblemáticos de Laguna, Santa Catarina, situado estrategicamente próximo à
entrada da cidade e ao acesso principal pela BR-101. Este bairro é conhecido
por sua atmosfera tranquila, ruas arborizadas e seu forte vínculo com a
história e a cultura local. Com vistas privilegiadas para a Lagoa de Santo
Antônio, Cabeçuda encanta pela sua beleza natural e pelo clima acolhedor. A
região é ideal para quem busca qualidade de vida em um local que combina
paisagens encantadoras e fácil acesso aos serviços essenciais. O bairro mantém
uma forte ligação com as tradições lagunenses, sendo um ponto de passagem para
quem deseja explorar os atrativos históricos e culturais da cidade. Cabeçuda
também é conhecida por abrigar moradores que valorizam o ambiente tranquilo e
familiar, mas que ao mesmo tempo desejam estar conectados a outras regiões,
graças à proximidade com a rodovia. A Lagoa das cabeçudas é linda.
Fotógrafa: Shayda Cazaubon