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segunda-feira, 29 de julho de 2024

PERCURSO CXLVI - Santo Antônio de Lisboa – Apresentação da Dança “Bumba meu Boi”

Santo Antônio de Lisboa é um distrito, bairro e praia da cidade de Florianópolis, capital do estado brasileiro de Santa Catarina. Antigo núcleo de imigração de açorianos, é considerado um bairro histórico e turístico. Em um passeio por Santo Antônio de Lisboa assisti a Dança do Bumba meuHistoriadores estimam que a dança do bumba meu boi surgiu no século XVIII, na região Nordeste. Nesse período, o boi tinha uma importância significativa, fosse pela sua simbologia, de força e resistência, ou fatores econômicos, já que havia grandes criadores de gado e colonizadores que faziam uso de mão de obra escravizada. Sua dança é resultado da união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. O costume foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses. A lenda  registra  que,  um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabia  dançar. Em sua fazenda tinha um trabalhador que roubou o boi para satisfazer sua mulher Catarina, grávida que sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade. É reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As denominações variam de Estado para Estado. Além do folclore, ao caminhar pelas ruas observou-se, tendas de artesanatos inclusive uma rendeira em seu trabalho, confecção da renda de bilro, uma manifestação cultural caracterizada como artesanato, porém, a sobrevivência da renda de bilro depende fundamentalmente do interesse de pessoas em aprender a tecer e ensinar a outros que continuem esse mesmo movimento. Em rápido bate-papo com D. Maria em seu trabalho ela afirmou com um olhar triste que, ninguém quer mais aprender a fazer a renda de bilro. Desde 2019 a Renda de Bilro Tramoia está em processo para ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Florianópolis junto ao IPHAN, pois, justifica-se na defesa que que este tipo de trabalho com os Bilros só é feito no Brasil, pelas Rendeiras de Florianópolis. 



























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