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quarta-feira, 27 de março de 2024

Percurso 11 - Buenos Aires - MADERO TANGO – Encanto de Puerto Madero

No bairro mais moderno da capital portenha e um dos mais visitados por turistas,  uma das casas de tango mais renomadas da cidade, a conhecida Madero Tango, dá o ar de sua graça ao melhor estilo de um grande espetáculo. Atração imperdível para quem visita Buenos Aires. Um misto de teatralidade, dança, espetáculo unidos em uma noite. o Madero Tango transmite desde o clássico baile “tangueara” até a mescla de contemporaneidade do ritmo. Com ballet de peso, o show agrada todas faixas etárias. 

Link para conhecer Madero Tango: https://aguiarbuenosaires.com/madero-tango/

A Unesco declarou o tango Patrimônio Cultural "Imaterial" da Humanidade durante reunião nesta quarta-feira do Comitê Intergovernamental do organismo, em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. A informação foi confirmada à agência Telam (agência oficial argentina) pelo secretário de Cultura da cidade de Buenos Aires, Hernán Lombardi, que acompanhou, em Abu Dhabi, a decisão do comitê da Unesco. "Essa é uma homenagem a todos os que sustentaram o tango durante muito tempo. Uma homenagem a aqueles que mantiveram a tradição, transmitindo a poesia e a dança de geração para geração", disse Lombardi.

O tango é defendido há décadas como bem cultural nas capitais da Argentina e do Uruguai. No passado, habitantes das duas cidades costumavam discutir onde, de fato, esta arte tinha nascido, se em Buenos Aires ou em Montevidéu.

Antes da decisão da Unesco, o governo da cidade de Buenos Aires informou que, se o tango fosse reconhecido, deveriam ser criados uma orquestra oficial do tango do Rio da Prata e um centro de documentação desta arte, entre outras iniciativas para preservá-lo.

Prostíbulos

Segundo historiadores argentinos, o dois por quatro (outra forma de chamar o tango) nasceu nos prostíbulos durante a imigração europeia, no início do século 20.

Desde então, o tango é identificado como cultura das cidades do Rio da Prata. As letras do tango, afirmam os especialistas, sugerem melancolia porque demonstram a solidão dos que saíram de países europeus para uma terra desconhecida.

Nos últimos anos, a musicalidade do tango foi renovada com o nascimento de grupos jovens que adotaram outros instrumentos, além do clássico bandoneón, para tocá-lo. E foram abertas dezenas de "milongas" (lugar para dançar esta música) na capital argentina.

Recentemente, no Campeonato Mundial de Tango realizado em Buenos Aires, um casal de japoneses que aprendeu a dança no Japão venceu a disputa na categoria "dança de salão". No entendimento das autoridades argentinas, foi a confirmação de que o tango já atravessou "há muito tempo" as fronteiras de Buenos Aires e Montevidéu.

Além do tango, outras 76 expressões culturais do mundo inteiro também disputaram o título de Patrimônio Cultural da Humanidade”. 

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2009/09/090930_tangopatrimonio_mc#:~:text=A%20Unesco%20declarou%20o%20tango,capital%20dos%20Emirados%20%C3%81rabes%20Unidos.

 



















Percurso 10 - Buenos Aires - Basílica Nossa Senhora do Socorro

 

https://ilumineoprojeto.com/basilica-nossa-senhora-do-socorro-parte-i/


De acordo com  IGNACIO GAGLIARDI, “na periferia da cidade, ao norte, havia um oratório denominado “dos pescadores”. Nessa área, em 1750, o espanhol Alejandro del Valle doou um terreno para a construção de um templo dedicado à Nossa Senhora do Socorro. Em 1769, essa igreja foi nomeada vice paróquia da Catedral, e uma paróquia foi erguida em 25 de março de 1783. O templo foi consagrado em 20 de maio de 1896 pelo Arcebispo de Buenos Aires, Uladislao Castellano. E pouco depois, em 12 de fevereiro de 1898, o Papa Leão XIII a declarou Basílica Menor, sendo o primeiro templo em nosso país a alcançar esta distinção eclesiástica. Pela data conclui-se que, embora Leão XIII tenha autorizado a coroação, esta ocorreu, no entanto, durante o pontificado de seu sucessor, já que Leão XIII faleceu em 20 de julho de 1903 e Pio X foi eleito em 4 de agosto. Por isso, homenageia também a Pio X com a exibição de suas armas pontifícias no vitreaux do portal de entrada principal”.

















terça-feira, 26 de março de 2024

Percurso 9 - Buenos Aires - Cemitério La Recoleta

Localizado no próspero bairro que lhe dá nome, o Cemitério La Recoleta é o lugar de descanso eterno onde diferentes personalidades da história da Argentina se misturam com cidadãos anônimos que tiveram condições financeiras de pagar por esse luxuoso lugar. Em sua entrada principal tem uma frase em latim “Resquiescant in Pace” (Descanse em paz). No início do século XVIII, os frades da ordem dos Recoletos Descalços se instalaram na região, onde construíram uma igreja e um monastério. Em 1822, a ordem foi dissolvida e, no local, foi criado o primeiro cemitério público da cidade. As impressionantes esculturas e os surpreendentes mausoléus criam um especial museu ao ar livre, que oferece a possibilidade de ver uma completa aula de arte e história sobre a cidade. O cemitério está em um terreno de mais de 50.000 metros quadrados, ao longo dos quais se espalham mais de 4.800 abóbadas de tumba. Mausoléus de mármore, bronze, grandiosos templos gregos e pequenas pirâmides egípcias convivem com túmulos monumentais e de estilo art nouveau.

As grandes avenidas e os estreitos corredores do cemitério levam os visitantes às tumbas de diferentes personagens bastante conhecidos, entre os quais se destacam Eva Perón (Evita), Carlos Pellegrini, Nicolás Avellaneda e Bartolomé Mitre.

“Recentemente destacado como um dos cemitérios de arquitetura mais interessante do mundo, por Architectural Digest, o cemitério La Recoleta, localizado adjacente à Praça Intendente Torcuato de Alvear do bairro Recoleta, conserva uma grande trajetória histórica que se manifesta em todas as personalidades políticas e intelectuais que descansam nele. Os mausoléus de mármore, as numerosas abóbadas e as estátuas realistas provocam uma atmosfera única que torna o cemitério uma visita obrigatória em Buenos Aires.

A 'cidade de mortos dentro de uma cidade' projetada pelo arquiteto e engenheiro francês Prosper Catelin, baseado no cemitério parisiense Père-Lachaise, foi construída em 1822, como o primeiro cemitério público da cidade. Implanta-se sobre o que costumava ser o jardim da Basílica de Nossa Senhora do Pilar - atualmente Monumento Histórico Nacional - construído pelos monges da Ordem dos Recoletos em 1732. Encontram-se túmulos de personalidade que participaram ativamente da história argentina, como importantes políticos, (Eva Duarte de Perón), escritores (Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares), médicos, artistas, prêmios Nobel (Carlos Saavedra Lamas e Luis Federico Leloir), esportistas e empresários.

A entrada principal se dá através de um pórtico concluído durante uma de suas reformas, em 1881. As evidências das duas grandes reformas podem ser observadas nas datas gravadas sobre o piso: 1881 e 2003. No total, são mais de 4.000 abóbadas e mausoléus de mármore decorados com estátuas organizadas - assim como em Buenos Aires - em um traçado retangular de quadras e ruas. Entre os elementos decorativos que se apresentam, distinguem-se diversos estilos que vão desde o Gótico ao movimento Art Deco. Atualmente é o cemitério mais visitado da cidade e merece um passeio arquitetônico por sua quadrícula tradicional e decorada, que evidencia o auge econômico nesse contexto histórico argentino e é reflexo da competência das famílias por pertencer à memória do país.”

Fonte: Autor - Fabian Dejtiar – https://www.archdaily.com.br/br/802490/a-historia-do-cemiterio-la-recoleta-um-dos-mais-incriveis-do-mundo

Quando os ricos e poderosos da Argentina descansam em paz, eles o fazem com estilo. O Cemitério da Recoleta é um dos mais extraordinários do mundo, com mais de 6.400 grandiosos túmulos e mausoléus, parecidos com capelas góticas, templos gregos, grutas de contos de fadas e pequenas casas elegantes. O exclusivo cemitério é a parada final para as mais célebres, e controversas, figuras da história do país. Presidentes, intelectuais, generais do exército e artistas continuam atraindo multidões mesmo nos pós vida.

A arte tumular é magnífica e estão presentes nos cemitérios e traduzem a relação da família com seu ente querido enterrado com o objetivo de simbolizar o sentimento que uma família quis deixar a um ente querido. Abrangendo esculturas, inscrições, e até plantas, ela diz respeito a todo o conjunto de imagens que compõem as relações com a morte e a construção de memórias. Gastar no túmulo faz parte do processo de diferenciação social, especialmente quando se pretende prestígio para o nome da família. Assim tem acontecido desde que os cemitérios secularizados se erigiram.

Optou-se por falar sobre o Jazigo da família Duarte onde está depositado os restos mortais de Evita Peron. María Eva Duarte de Perón, mais conhecida apenas como Eva Perón, ou pelo apelido de Evita, foi uma política, ativista, atriz e filantropa argentina que foi primeira-dama da Argentina de junho de 1946 até sua morte em julho de 1952, como esposa do presidente argentino Juan Domingo Perón.


Placa Eva Perón (Photo: Mardetanha)Ninguém vai ao Cemitério da Recoleta e deixa de visitar o túmulo de Evita. Pelos padrões do cemitério, contudo, ele pode ser considerado até simples. Três anos após a sua morte de câncer em 1952, seu corpo foi removido pelos militares argentinos que depuseram seu marido, o presidente Juan Perón.

O corpo, em seguida, fez uma odisseia transatlântica por quase 20 anos antes de finalmente ser devolvido para o mausoléu da família Duarte no Cemitério da Recoleta. Os seus restos mortais estão em uma cripta a 5 metros de profundidade, extremamente fortificada para garantir que ninguém irá perturbar o sono eterno da mais amada e controversa primeira-dama da Argentina.


Minha visita  ao cemitério foi gratificante pois  a arte tumular me fascina em sua iconografia e iconologia.  Cada escultura de acordo com sua posição tem um significado, cada símbolo traz a sabedoria da ancestralidade, como coroas, flores, cruzes, livro aberto, anjos, mulheres, esquadro e compasso, leão, mãos, coroas, santos, ampulheta alada,  ovelha, etc. A Cidade dos Mortos é um Templo para a reflexão, sobre os ciclos do tempo, passado, presente e o futuro que registrará o óbito, a única certeza que temos na vida. A Cidade dos Mortos é uma Escola, o Professor é o inexorável Tempo que afirma que, nossa colheita será o que semearmos na jornada. Com a visita adquiri mais um conhecimento com a cultura da sociedade da Argentina, o que não vi em nenhum cemitério que visitei, a preocupação de resguardar seus mortos, com criptas subterrâneas, como de Evita Peron.

Sabe-se que com o passar do tempo a deterioração toma conta dos objetos, principalmente aqueles que estão expostos às intempéries do tempo. Com relação ao olhar de Conservadora lamentei, o descaso em alguns túmulos, principalmente os mais antigos. A deterioração pelo tempo na tipologia de metais, como ferro, latão, bronze e mármores usadas para construção e lápides é notória.

 

Viagem guiada pelo Cemitério La Recoleta

https://www.youtube.com/watch?v=QCYQr8-a1Jc














Percurso 8 - Buenos Aires - Caminito

História do Caminito

O Caminito começou como um trecho abandonado de trilhos de trem no bairro de La Boca, no final do século XIX. La Boca, cujo nome significa “a boca” em espanhol, é assim chamado porque está localizado na foz do Riachuelo, onde o Rio Matanza deságua no Rio da Prata. Este bairro costumava ser um importante centro portuário e atraiu muitos imigrantes europeus, principalmente italianos, que buscavam oportunidades na Argentina. Naquela época, La Boca era um bairro operário e portuário, e o Caminito era apenas um caminho estreito de terra batida que servia como passagem para os trabalhadores locais. A transformação do Caminito começou na década de 1950, graças ao pintor argentino Benito Quinquela Martín, nascido em La Boca e filho de imigrantes, que tinha por objetivo transformar o trecho de terra abandonada em uma galeria de arte ao ar livre. Com a ajuda de outros artistas locais, eles começaram a pintar as fachadas das casas com cores brilhantes e criaram murais temáticos sobre a cultura argentina. As tintas usadas eram geralmente sobras de tintas de navios do porto de Buenos Aires, o que conferia às fachadas uma qualidade única e vibrante. O nome “Caminito” foi inspirado na famosa canção de tango “Caminito”, escrita por Juan de Dios Filiberto e Gabino Coria Peñaloza, que é um hino à rua.

Após percorrer o local, fazer compras em lojas e saborear um almoço gostoso conclui que, Caminito é um Museu Vivo que representa os Ciclos do Tempo – passado, presente e sua história será transmitida para próximas gerações. Inclusive, em um dos locais da praça de alimentação assistimos um casal dançar de forma brilhante o tango. Além dos taxis e Uber existe Ônibus Turístico de Buenos Aires, pois Caminito é uma das paradas da rota. Consequentemente, “O Pequeno Caminho” – significado de Caminito – também desempenhou um papel fundamental na preservação e na disseminação do tango argentino, pois o Caminito se tornou um local onde músicos e dançarinos de tango se apresentavam, para o público.

https://www.voltologo.net/caminito/#:~:text=bairro%20La%20Boca-,Hist%C3%B3ria%20do%20Caminito,des%C3%A1gua%20no%20Rio%20da%20Prata.

 


















 

  

Percurso 7 – Buenos Aires - Centro Cultural Recoleta

Está instalado desde 1980 no antigo Convento dos Monges Recoletos, membros da ordem franciscana que se estabeleceu na região no início do século XVIII. o Centro Cultural Recoleta é uma das inúmeras atrações do bairro, tão rico em beleza quanto em história. O local oferece espetáculos de música, dança e teatro, mostras de artes visuais, ciclos de cinema, além de cursos e oficinas em diversas áreas artísticas. É um monumento histórico nacional argentino, que fica bem próximo do cemitério da Recoleta. No entorno do  Centro Cultural tem feirinhas que funcionam aos sábados, domingos e feriados, de 11h às 20h, bem próximo ao Cemitério da Recoleta.

Revisão histórica do prédio

O prédio ocupado pelo atual CCR é um dos edifícios mais antigos preservados em Buenos Aires. O local onde foi construído era parte de uma fazenda chamada “O Ombues”, de propriedade de um descendente do primeiro prefeito, Don Rodrigo Ortiz Zárate que tinha recebido a distribuição de terras por Juan de Garay em 1583. Em 1716, , foi doado aos frades franciscanos Recoletos. Arquitetos jesuítas Juan Krauss e Juan Wolf foi contratado para projetar os planos da primeira construção; os espaços de fachada e interiores foram dominados pela Andrés Blanqui.

Ocupando um setor fora da cidade, na fronteira com as áreas rurais do norte, a obra foi concluída em 12 de outubro de 1732.Bernardino Rivadavia como Ministro e Presidente Martín Rodríguez, reforma da ordem escolar de 1822 determinou o abandono do convento pela comunidade religiosa e a passagem dos seus bens para o poder público. Um de seus primeiros usos foi como uma escola de desenho, criado pelo General Manuel Belgrano.

Em 1859, com a ajuda de A Sociedade Filantrópica Asylum Beggars no edifício do antigo convento é criado. Então ele teve em vários destinos sendo também hospital de campo, quartéis e governador Viamonte Nursing Home. Esta foi a sua última utilização antes da construção do Centro Cultural. Vários eventos significativos ocorreram neste edifício desde a sua criação. Em 1806 Santiago de Liniers lenços no convento à noite, pedindo a proteção de Deus para libertar Buenos Aires de Inglês. Em 1827, a Recoleta sediou o retorno triunfal do Almirante Brown, após a vitória do Juncal. Essa área da cidade era privilegiada por Torcuato de Alvear, primeiro intendente de Buenos Aires, no saneamento e embelezamento plano desenvolvido durante os anos 80 do século XIX. CCR edifício não foi excepção. O trabalho foi encomendado para Juan Antonio Buschiazzo, que contribuiu com um estilo italiano e construiu os novos pavilhões e uma capela para os internados, ainda preservados os claustros originais. A fonte a seguir traz detalhes específicos sobre a história do prédio.

Fonte: https://pt.wikiarquitectura.com/constru%C3%A7%C3%A3o/centro-cultural-recoleta-e-buenos-aires-design/
















Percurso 6 – Buenos Aires - Galerias Pacífic – Edifício Comercial

 Localizado no cruzamento da Rua Florida e da Avenida Córdoba. – Inaugurada em 18 de maio de 1992

Endereço: Av. Córdoba 550, C1054 Cdad. Autónoma de Buenos Aires, Argentina

Província: Cidade Autônoma de Buenos Aires

O edifício onde hoje funcionam as Galerias Pacífico foi projetado por Francisco Seeber e Emilio Bunge no final do século XIX para abrigar o Au Bon Marché Argentino. Com uma arquitetura inspirada no estilo francês, o objetivo era oferecer os mais refinados produtos da moda, para um público seleto. A atual cúpula de 450 metros, recoberta com murais de renomados artistas da época:

Lino Enea Spilimbergo - Nascimento: (August 1896 – Buenos Aires Argentina - 16 March 1964) - Unquillo, Argentina). Education           Academia Nacional de Bellas Artes

Delesio Antonio Berni (14 May 1905 Rosário, Argentina – 13 October 1981 Buenos Aires, Argentina) – Artista. Painting, Engraving, Illustration, Collage

Juan Carlos Castagnino  (18 de novembro de 1908 Mar del Plata, Argentina - 21 de abril de 1972, Buenos Aires, Argentina). Ocupação: pintor, arquiteto, desenhista

Manuel Colmeiro Guimarás (7 de agosto de 1901,Silleda, Espanha - 1 de octubre de 1999 Salvatierra de Miño, España). Pintor e escultor

Demetrio Urruchúa (Pehuajó, 19 de abril de 1902- 2 de octubre de 1978, Buenos Aires) fue un artista plástico argentino reconocido internacionalmente por frescos y murales.


Fonte: https://aguiarbuenosaires.com/galerias-pacifico/