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terça-feira, 25 de julho de 2023

PERCURSO CXXXI - Antigo calçamento surge em escavações, no Centro Histórico de Florianópolis

 

Notícias recentes nos jornais de Florianópolis e do G1 registram que nas obras  de revitalização  no Centro Histórico de Florianópolis foi descoberta nas escavações uma estrutura de pedra desperta interesse arqueológico. Como medida de proteção áreas foram isoladas para estudo arqueológico pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)  que atualmente acompanha pesquisas. As obras são oriundas de um projeto antigo da prefeitura para que o Centro Histórico proporcione aos cidadãos, turistas e comércio, um espaço de lazer confortável,  para visitação e convício social.

O progresso nas pesquisas irá indicar, através da documentação e a história oral, se o local onde foi encontrado o calçamento antigo pode, ser considerado um sítio arqueológico. Com certeza os resultados irão rememorar capítulos da História de Florianópolis. Outrossim, de acordo com a  superintendente do Iphan em Santa Catarina, Regina Santiago ao g1: “Então toda a informação que a gente puder ter sobre a história da cidade que a gente obtiver dali vai ser importante”. O que já fica visível, por observação que  é uma calçada que seria, o piso original a região no século 19.

Outrossim, segundo Betina Adams, arquiteta do Sephan (Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Natural), órgão da Prefeitura responsável pela preservação do patrimônio cultural da cidade, são poucos calçamentos históricos em Florianópolis, mas o atual Plano Diretor resguarda estas pavimentações. “É uma questão importante, pois tudo faz parte do cenário urbano, desde os casarios, os monumentos importantes, as praças e também os calçamentos”, salientou.

É notório que existe necessidades de cidades optarem por seu desenvolvimento, mas a preservação de sua história deve ser mantida. Por certo, nas cidades de nosso Brasil,  novas pavimentações cobriram as antigas, mas a historiografia fez seus registros. A primeira rua calçada de Santa Catarina hoje é utilizada de passagem para pedestres, ciclistas e para a feira que é realizada nos finais de semana em Santo Antônio de Lisboa, um dos bairros mais antigos da cidade. Por lá, estão mantidos os traços d a fase de colonização do litoral.  A primeira rua calçada foi para receber a visita de Dom Pedro II e a Imperatriz Thereza Christina chegaram a Santo Antônio de Lisboa na manhã de 21 de outubro de 1845. Na ocasião inúmeras pesoas reuniram-se na beira do mar da atual Santo Antônio de Lisboa.

https://floripacentro.com.br/em-florianopolis-primeira-rua-calcada-de-santa-catarina


No caso do local evidenciado-, de acordo  com o professor de História e Arquitetura da UFSC    (Universidade Federal de Santa Catarina), Luiz Eduardo Fontoura Teixeira, ”esse tipo de pavimentação foi feito, por escravos de maneira muito primitiva no século 19. As ruas eram construídas de forma que, no meio do pavimento, os escravos deixavam uma calha para escoar a água da chuva”. Prosseguindo o Professor cita que “ Os chamados pés-de-moleque são os mais antigos calçamentos de Florianópolis eram de formato irregular, as pedras foram justapostas por escravos e permanecem até hoje em Santo Antônio de Lisboa, na Lagoa da Conceição e na Costa da Lagoa”












Fontes:

https://www.nsctotal.com.br/noticias/centro-historico-de-florianopolis-o-que-esta-feito-e-o-que-falta-concluir-na-revitalizacao

https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2023/07/15/estrutura-de-pedra-desperta-interesse-arqueologico-durante-obras-no-centro-historico-de-florianopolis-fotos.ghtml

https://ndmais.com.br/noticias/mesmo-raros-calcamentos-historicos-ainda-permanecem-em-florianopolis/


 





domingo, 14 de maio de 2023

PERCURSO CXXX – PARQUE MUNICIPAL LAGOA DO PERI – SUL DA ILHA/FLORIANÓPOLIS

“O Parque Municipal da Lagoa do Peri é uma reserva biológica, tendo bastante sombra, rico em fauna e flora. Além disso, ouvem-se diversos pássaros por ali. A Lagoa do Peri é abastecida por um conjunto de mananciais hídricos que nascem nas encostas do Sul da Ilha. Toda a região está preservada como patrimônio natural pelo decreto municipal nº 1.828. Menos explorada que a Lagoa da Conceição, na Lagoa do Peri ainda se pode encontrar Mata Atlântica Primária. Com alguma sorte, pode-se ver o jacaré-de-papo-amarelo, que, de acordo com biólogos, é inofensivo ao homem.

É a maior lagoa de água doce da costa catarinense. São 5,2km² de extensão; 11m de profundidade. O Parque Municipal da Lagoa do Peri possui 2.030 hectares de unidade de conservação e 20,3 km² de bacia hidrográfica. Suas águas não são afetadas pelas oscilações da maré, pois está a cerca de 3m acima do nível do mar. O Parque Municipal da Lagoa do Peri é um dos principais ecossistemas em estágio de preservação e regeneração da Mata Atlântica original. É berçário de animais típicos, como a Lontra e o Macaco-prego. E até aves ameaçadas são encontradas, como é o caso da Gralha-azul.

A área em volta da lagoa tem mata e trilhas belíssimas que levam a cachoeiras e antigos engenhos coloniais. As caminhadas ecológicas, em alguns casos são realizadas com acompanhamento. As crianças também têm boas opções de entretenimento. Além da água doce e tranquila, ideal para banho, há um pequeno parque infantil, com área arborizada por enormes eucaliptos, onde elas podem brincar e se divertir à vontade. Passeio de barco, caiaque e outras espécies não motorizadas, bem como pescarias de linha de mão e caniço também são atividades permitidas por lá”.

Fonte: https://turismo.pmf.sc.gov.br/o-que-fazer/item/parque-municipal-lagoa-do-peri

 

Lenda sobre a Lagoa do Peri

O maior pesquisador em torno da cultura açoriana (povo que colonizou a Ilha de Santa Catarina, vindos de Açores/Portugal), bem como suas lendas e folclore foi Franklin Cascaes e a ele atribui-se a maioria das lendas que conhecemos popularmente em Florianópolis.

“Reza a lenda que o indígena chamado Peri e a bruxa Conceição viviam um amor proibido. Tal qual a história de Romeu e Julieta, suas famílias não aprovavam o namoro, querendo separar os dois jovens a todo custo. Porém, Conceição e Peri não ligavam para a desaprovação e continuavam se encontrando, vivendo um amor escondido. Ou pelo menos era o que eles achavam. As bruxas descobriram e resolveram aplicar um castigo duplo. Transformaram o Peri e a Conceição em duas grandes lagoas e deixaram elas bem longe uma da outra para que nunca mais pudessem se encontrar. Conceição ficou tão triste que chorou por muito tempo, fazendo as suas águas ficarem salgadas. Já Peri, para declarar seu amor a amada, transformou sua borda no formato de um coração”.

Fonte: https://educasc.com.br/educacao/bruxas-e-lendas-de-florianopolis/