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quarta-feira, 16 de abril de 2025

CLV – Laguna – Museu Histórico Anita Garibaldi


A construção do Paço do Conselho foi iniciada em 1735, foi terminada no final do século XVIII, seu alicerce e paredes foram erguidos com areia, pedras e cal, oriundo dos sambaquis, onde as conchas foram trituradas e misturadas com o barro. O prédio é um dos monumentos mais antigos do sul do Brasil. Conhecido como Edifício de Câmara e Cadeia, abrigava no piso superior a Câmara de Vereadores e no térreo, o corpo da Guarda Municipal. Foi na Câmara que se proclamou a República Catharinense Livre e Independente (1839). Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do movimento dos farrapos contra a monarquia, ocorre em 1836, a Proclamação da República Rio Grandense, e a necessidade de um porto marítimo contribuí para a tomada da Vila de Laguna, em Santa Catarina.

No dia 22 de julho de 1839, as forças farroupilhas, com a ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882), político e militar revolucionário italiano, tomaram a Vila e proclamaram a República Juliana. O fato ocorreu no prédio da Câmara, hoje museu Anita Garibaldi, na frente do espaço tem uma estátua de bronze em homenagem a heroína. Com o passar dos anos ele foi abandonado, algum período ocupado por departamentos municipais, inclusive a biblioteca. Em 1949, o prédio voltou a ser utilizado, definitivamente como Museu Anita Garibaldi, onde encontra-se nesta edificação desde 31 de julho de 1949.

O espaço guarda um acervo eclético, destacando-se peças de alto valor arqueólogo encontradas nos sambaquis da região, também de grupos indígenas que viveram na região. Outros objetivos relacionadas à formação sociocultural lagunense, como peças de porcelanas, utensílios domésticos e móveis podem ser visitados. Também objetos pertencentes ao Jerônimo Francisco Coelho, considerado pai da imprensa de Santa Catarina. O acervo discográfico e a gaita de Pedro Raymundo, músico popular das décadas de 50 e 60, estão no local.







































Praça Anita Garibaldi





 Fotógrafa: Shayda Cazaubon

CLIV – Laguna – Casa Museu Anita

 

Foto: Déborah Gouthier/Iphan. SC_LAGUNA

Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em  30/08/2019 foi reinaugurado o Museu Casa de Anita, prédio de 1711. Obra do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), recursos provenientes do Pac das Cidades Históricas, no valor R$ R$ 482.812,44, do Governo Federal.

Na casa típica colonial luso brasileira construída por volta de 1711 estão expostos painéis com a saga de Anita: seu nascimento, casamento, as batalhas, amor por Giuseppe Garibaldi e sobre a sua família.    A mulher de personalidade forte estará viva nas narrativas com dados históricos. A lagunense vivia na Vila em 1839, onde durante a República Juliana conheceu o companheiro Giuseppe. Eles viveram juntos por 10 anos. Morou no Uruguai e na Itália, sua última morada. Teve cinco filhos. Faleceu em 1849, em Ravenna, na Itália.

O edifício que sedia a Casa de Anita Garibaldi é, possivelmente, a primeira edificação em alvenaria construída na atual Praça Vidal Ramos, à época conhecida como Campo do Manejo. A casa era residência de Anacleto Mendes Braga, que confeccionava vestidos de noivas e, muitas vezes servia de espaço para as próprias recepções dos casamentos, como aconteceu com Anita Garibaldi, na ocasião de sua união com seu primeiro marido, em 1835.

A coordenadora dos museus Franciele Meurer, uma das responsáveis pela exposição permanente, explicou que para o público infantil terá painéis ao ar livre, com histórias em quadrinhos sobre a trajetória da heroína, no caminho por decks de madeira, ao lado do pequeno playground para crianças.  A casa amarela, como é conhecida, não foi a residência da lagunense. Anita foi morar com o sapateiro Manoel e sua família em uma pequena casa na rua Fernando Machado, no centro da cidade de Laguna, poucos metros do museu reinaugurado.

Fontes: https://laguna.sc.gov.br/noticia-572391/






































Fotógrafa: Shayda Cazaubon








































































CLIII – Laguna – História de Anita Garibaldi




Vida

Ana de Jesus Ribeiro foi obrigada a casar-se aos catorze anos, com uma pessoa com quem não tinha a menor afinidade. Era o ano de 1835, o prédio onde vestiu-se para o casamento, fica ao lado da igreja Santo Antônio, transformada num espaço histórico, a Casa de Anita. Quatro anos depois, em 1839, Manuel se alista na Guarda Nacional do Império e deixa Laguna e Anna. Foi o porto de Laguna que veria em 1839 transformar a pacata vila em cenário revolucionário. A República Rio Grandense fundada pelos farroupilhas precisava prosperar e, para isso, necessitava chegar até o mar. Os imperialistas controlavam os portos e rios do estado vizinho. Garibaldi e seus aliados tomaram Laguna em julho de 1839, intitulado a República Juliana. Anita conhece Garibaldi e quatro meses depois, quando os revolucionários decidem sair de Laguna, a lagunense vai junto. Com Garibaldi vai para Rio Grande do Sul, Uruguai e tem quatro filhos.

Na Itália, num dia frio e com perseguidores por toda a parte, morria Anita Garibaldi, em 4 de agosto de 1849. Ela foi uma heroína e revolucionária, juntamente com o seu companheiro italiano Giuseppe Garibaldi, que conheceu aos 18 anos, em Laguna durante a durante a Revolução Juliana. Tanto no Brasil como na Itália, Anita é considerada exemplo de dedicação e coragem. Seu nome foi dado a dois municípios, ambos em Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Monumentos na Itália e Brasil lembram a heroína. Ela nasceu em Laguna em 30 de agosto de 1821.  Assim que conheceu Giuseppe, Anita se apaixonou e decidiu lutar pela independência de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e de outros territórios, ela estava com 18 anos. Enquanto estiveram juntos, tiveram cinco filhos um deles morreu aos dois anos e outro junto com a mãe. Anita seguiu seu marido nos combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu) e Itália, onde presenciou a proclamação da República Romana, em 1849, mesmo ano da sua morte. Em 2012, seu nome foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em Brasília. 


Giuseppe Garibaldi

Batalha

No ano de 1849, Anita desembarca na Itália, com os filhos. Recebe como presente uma bandeira tricolor italiana. A campanha para a unificação da Itália estava crescendo. Na época, a península era um aglomerado de reinos dominados pelos austríacos contra a não unificação do território. Numa destas batalhas, os austríacos saíram vitoriosos e Garibaldi não aceitou a derrota e partiu. Anita foi junto, vestida como homem. Foi sua última viagem. As cavalgadas noturnas, a má alimentação e as noites ao relento minaram sua saúde. Ela estava grávida do quinto filho. Ao chegar à República de São Marino, ardia de febre. Em 1º de agosto, no litoral tomaram barcos para alcançar mais rápido Veneza, mas foram perseguidos por uma esquadra austríaca. Dois dias depois chegaram a uma fazenda em Mandriole, perto de Ravena, Anita não resistiu e morreu. O corpo da brasileira foi enterrado no cemitério da Igreja de San Alberto, em Mandriole. Em 1932, seus restos mortais ganharam um mausoléu em Roma.

Fonte: https://laguna.sc.gov.br/noticia-629415/#:~:text=Dois%20dias%20depois%20chegaram%20a,ganharam%20um%20mausol%C3%A9u%20em%20Roma.


Simona Granati - Corbis, Corbis via Getty Images 

Anita foi sepultada sete vezes e seus restos mortais estão, hoje, depositados sob um enorme monumento da Colina do Gianícolo, em Roma. Na Itália, é popular e oficialmente considerada a Mãe da Pátria Italiana. Frase famosa de Anita Garibaldi é "Virgem, tu hás de pertencer-me um dia!".