A construção do Paço do Conselho
foi iniciada em 1735, foi terminada no final do século XVIII, seu alicerce e
paredes foram erguidos com areia, pedras e cal, oriundo dos sambaquis, onde as
conchas foram trituradas e misturadas com o barro. O prédio é um dos monumentos
mais antigos do sul do Brasil. Conhecido como Edifício de Câmara e Cadeia,
abrigava no piso superior a Câmara de Vereadores e no térreo, o corpo da Guarda
Municipal. Foi na Câmara que se proclamou a República Catharinense Livre e
Independente (1839). Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do movimento dos
farrapos contra a monarquia, ocorre em 1836, a Proclamação da República Rio
Grandense, e a necessidade de um porto marítimo contribuí para a tomada da Vila
de Laguna, em Santa Catarina.
No dia 22 de julho de 1839, as
forças farroupilhas, com a ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882), político
e militar revolucionário italiano, tomaram a Vila e proclamaram a República
Juliana. O fato ocorreu no prédio da Câmara, hoje museu Anita Garibaldi, na
frente do espaço tem uma estátua de bronze em homenagem a heroína. Com o passar
dos anos ele foi abandonado, algum período ocupado por departamentos
municipais, inclusive a biblioteca. Em 1949, o prédio voltou a ser utilizado,
definitivamente como Museu Anita Garibaldi, onde encontra-se nesta edificação
desde 31 de julho de 1949.
O espaço guarda um acervo
eclético, destacando-se peças de alto valor arqueólogo encontradas nos
sambaquis da região, também de grupos indígenas que viveram na região. Outros
objetivos relacionadas à formação sociocultural lagunense, como peças de porcelanas,
utensílios domésticos e móveis podem ser visitados. Também objetos pertencentes
ao Jerônimo Francisco Coelho, considerado pai da imprensa de Santa Catarina. O
acervo discográfico e a gaita de Pedro Raymundo, músico popular das décadas de
50 e 60, estão no local.
Praça Anita Garibaldi