História do Caminito
O Caminito começou como um trecho
abandonado de trilhos de trem no bairro de La Boca, no final do século XIX. La
Boca, cujo nome significa “a boca” em espanhol, é assim chamado porque está localizado
na foz do Riachuelo, onde o Rio Matanza deságua no Rio da Prata. Este bairro
costumava ser um importante centro portuário e atraiu muitos imigrantes
europeus, principalmente italianos, que buscavam oportunidades na Argentina.
Naquela época, La Boca era um bairro operário e portuário, e o Caminito era
apenas um caminho estreito de terra batida que servia como passagem para os
trabalhadores locais. A transformação do Caminito começou na década de 1950,
graças ao pintor argentino Benito Quinquela Martín, nascido em La Boca e filho
de imigrantes, que tinha por objetivo transformar o trecho de terra abandonada
em uma galeria de arte ao ar livre. Com a ajuda de outros artistas locais, eles
começaram a pintar as fachadas das casas com cores brilhantes e criaram murais
temáticos sobre a cultura argentina. As tintas usadas eram geralmente sobras de
tintas de navios do porto de Buenos Aires, o que conferia às fachadas uma
qualidade única e vibrante. O nome “Caminito” foi inspirado na famosa canção de
tango “Caminito”, escrita por Juan de Dios Filiberto e Gabino Coria Peñaloza,
que é um hino à rua.
Após percorrer o local, fazer
compras em lojas e saborear um almoço gostoso conclui que, Caminito é um Museu
Vivo que representa os Ciclos do Tempo – passado, presente e sua história será
transmitida para próximas gerações. Inclusive, em um dos locais da praça de
alimentação assistimos um casal dançar de forma brilhante o tango. Além dos
taxis e Uber existe Ônibus Turístico de Buenos Aires, pois Caminito é uma das
paradas da rota. Consequentemente, “O Pequeno Caminho” – significado de
Caminito – também desempenhou um papel fundamental na preservação e na
disseminação do tango argentino, pois o Caminito se tornou um local onde
músicos e dançarinos de tango se apresentavam, para o público.