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segunda-feira, 25 de março de 2024

Percuso 2 - Buenos Aires - História da Casa Rosada

“A história da Casa Rosada tem início em 1580, quando foi construído o Forte de Buenos Aires. Foi nesse local que o Palácio do Governo foi erguido séculos depois, já no começo do século XIX.O Forte serviu como residência dos primeiros governantes do país, mas caiu em abandono nas décadas posteriores. O edifício foi remodelado em 1713, com um desenho muito mais sóbrio. O novo edifício era cercado por um fosso, tinha quatro torres retangulares e se estendia por um hectare. Somente a partir de 1862, o Palácio do Governo começou a ser utilizado como sede do poder executivo nacional, depois de passar por uma reforma no governo de Mitre.

A nova Alfândega

O Forte foi substituído em 1713 por uma estrutura de alvenaria (o "Castillo de San Miguel") com torreões que tornaram o local o verdadeiro centro nevrálgico do governo colonial. Após a independência, o presidente Bernardino Rivadavia mandou construir um pórtico neoclássico em 1825 e o edifício permaneceu inalterado até que, em 1857, a fortaleza foi demolida em favor de um novo edifício da Alfândega.

Sob a direção do arquiteto argentino britânico Edward Taylor, a estrutura italiana foi o maior edifício de Buenos Aires de 1859 a 1890. Esta é a versão argentina da Casa Branca. Do antigo forte restava apenas um arco e algumas construções do período vice-rei, que se encontravam dentro das muralhas fortificadas, agora destruídas.

A Casa Rosada foi fundada originalmente nas margens do Rio da Prata em 1594 para ser a casa de Don Juan Baltazar da Áustria. Após várias reformas, demolições e construções, a estrutura que conhecemos atualmente como a Casa Rosada na Plaza de Mayo só foi feita na segunda metade do século 19.

Ela é reconhecida por sua arquitetura de Francisco Tamburini e seus quadros guardados no interior do prédio de quatro andares. Segundo algumas teorias, a cor tradicional do prédio foi uma mistura feita como uma tentativa de amenizar o conflito dos dois partidos políticos dominantes da década de 1860, que tinham como suas cores oficiais o branco e o vermelho. No entanto, o fator mais importante para determinar a fama do lugar é o número de discursos políticos já sediados em sua varanda e as manifestações artísticas que aconteceram ali.

Os interiores

Os interiores deste palácio são um conjunto de salões, galerias, escritórios e pátios que vão te deixar de boca aberta. Você pode encontrar maravilhas também no subterrâneo do palácio.

Uma das salas mais populares é aquela intitulada a Evita Perón que mostra os momentos mais importantes da vida pública e privada de Eva Duarte.

No interior você encontra também o museu da Casa do Governo com todas as lembranças da história da Argentina e dos seus presidentes. Por exemplo, você pode admirar carruagens de época ou até mesmo o carro do presidente Juan Domingo Perón.

Os exteriores

A parte externa da Casa Rosada é caracterizada por 4 fachadas: Sul, norte, leste e oeste. De cada lado você olhar esse palácio, você poderá admirar peças de representações da história argentina.

A Fachada Sul tem vista para a rua Hipólito Yrigoyen. O original foi demolido na década de 1930 para alargar a rua e construir o atual prédio do Ministério da Economia. A frente norte está localizada na Avenida Rivadavia e é o local de entrada do Presidente e das autoridades oficiais. Esta entrada é guardada por dois granadeiros, guarda de honra do Presidente da Nação.

A fachada leste da Casa do Governo olha para o Río de la Plata e é a única que apresenta um conjunto escultórico. Esta obra, localizada na parte mais alta do corpo central, pertence ao escultor italiano Carlos Bianchi e se chama Las Artes y el Trabajo coroando a Argentina.

Enfim a fachada norte que é a mais conhecida da Casa do Governo que dá para a Plaza de Mayo. Aqui destaca-se um grande arco central de pé-direito duplo, coroado por uma loggia de estilo neo-renascentista projetada pelo arquiteto italiano Francesco Tamburini em 1884 a pedido do presidente Julio Argentino Roca para fundir os edifícios da Casa do Governo e do Palácio dos Correios”.

Fonte: https://www.costacruzeiros.com/costa-club/magazine/patrimonio/casa-rosada.html#historia






Em frente à Casa Rosada os Argentinos fizeram uma Homenagem às vítimas de Covid-19, um ato contra gestão de Fernández. Colocaram pedras com nomes dos mortos pelo vírus. O presidente Alberto Fernández furou quarentena. Cada pedra tinha um nome. Cada nome representava um dos mais de 109 mil mortos por Covid-19 na Argentina. A “Marcha de Las piedras” foi o nome dado ao protesto, que levou centenas de familiares e amigos de pessoas que perderam algum ente querido durante a pandemia do novo coronavírus a lugares emblemáticos do país, como, por exemplo, a Quinta de Olivos, que é a residência presidencial, e a Casa Rosada, sede da Presidência. Em outras cidades do país como, por exemplo, Mendoza, se registraram manifestações similares. Para muitos foi um funeral simbólico já que a maioria não tive a oportunidade de se despedir de seus entes queridos contagiados pelo vírus. Fonte: Créditos de GABRIELA GROSSKOPF ANTUNES  17/08/2021 12:09/ Actualizado al 27/08/2021 18:46








Percurso 1 - Buenos Aires - Comemorações de aniversários


Família do coração foi comemorar aniversários em Buenos Aires - Eu, Fernanda, Ricardo, Flaviana (fotógrafa) 13 à 17 de março de 2024. Nossa viagem  de ida e volta foi tranquila e nos hospedamos no Hotel  Argenta Tower Hotel o qual recomendo, pois o serviço é nota 10. Em Buenos Aires encontrei o que gosto, patrimônio  material e imaterial, mas com o olhar crítico de Conservadora e Museóloga. Os passeios foram realizados através de Tour Turísticos em dois dias, através de um Uber particular e no Ônibus Tour que tem várias paradas para descer e subir, mas o turista não consegue guardar todas as informações em seu HD mental. Desta forma como gosto de pesquisar utilizei as fotos, para contar a história dos locais. As próximas postagens serão de locais que visitamos.












sábado, 10 de fevereiro de 2024

PERCURSO CXLIII - A cultura afro-brasileira na folia (Carnaval 2024)

Em Santa Catarina a escravidão negra aconteceu em cinco municípios: São Francisco do Sul, Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), Laguna, Araranguá e Lages. O primeiro grupo veio com os vicentistas das Ilhas dos Açores e da Madeira em meados do século XVIII. De Acordo com a Historiadora VIEIRA, Gilmara de Oliveira (UFSC), o primeiro bloco com conotação  com a cultura africana em Florianópolis foi O BLOCO RASTAFARI. ” Na década de 1990, o carnaval em Florianópolis foi incentivado com o apoio da prefeitura, com diversos blocos de carnaval de rua celebrando a festa. Nesse contexto, o Bloco Rastafari é criado, em 1993, e se torna o mais expressivo bloco carnavalesco representante da cultura africana e afro-brasileira em Santa Catarina”. Se desejar conhecer sua história,  sua trajetória como movimento social, suas estratégias utilizadas para inserção no carnaval florianopolitano e a relação político-socio-cultural intrínseca entre o Bloco e a cidade clique em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/204303/TCC%20%20TRABALHO%20DE%20CONCLUS%c3%83O%20DE%20CURSO.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Posteriormente foram criados, outros Blocos Afro: Bloco Africatarina, Arrasta Ilha, Baque Mulher e Cores de Aidê que desfilaram, ao redor da Praça XV de Novembro, no centro histórico da capital catarinense, com a finalidade de destacar a pluralidade da cultura afro-brasileira, com  diferentes manifestações, que representam as diversas tradições, povos e culturas africanas. Outro bloco que desfilou foi Maracatu, que surgiram na Bahia e em Pernambuco, respectivamente e tem forte relação, com as religiões de matriz africana e com o catolicismo popular. As rainhas eram coroadas dentro da igreja católica. Hoje, elas passaram a ser coroadas em frente da igreja.

Assisti “Cores de Aidê” e encantou-me, me senti em uma festa de Candomblé. O bloco de samba-reggae Cores de Aidê, formado por mais de 170 mulheres e pessoas não binárias tem como enredo o sugestivo “Malandragem: A Potências das Ruas”. Com as cores branco, vermelho e preto, homenagearam com fé e magia os guardiões das ruas, senhores e senhoras que inspiravam e abençoavam, os movimentos das coreografias. Muito  axé para seus figurantes.







































sábado, 13 de janeiro de 2024

PERCURSO CXLII - FORTE SÃO JOÃO – Estreito - Florianópolis/SC

Este percurso não fiz pessoalmente, pois encontrei apenas as ruínas do forte e sou responsável por minha segurança pessoal, pois não sabia o que em seu interior encontraria. Desta forma retornei a vida de acadêmica e dediquei-me à pesquisa, pois o assunto está relacionado ao início de Santa Catarina Foi erigido na cabeceira continental da Ponte Hercílio Luz, onde cruzava fogos com o Forte Santana e protegia o Canal do Estreito. De acordo com o artigo de FORTIFICAÇÕES DA ILHA DE SANTA CATARINA de Roberto Tonera, 01/07/2021 foi construído, em 1793. Fonte: https://fortalezas.org/?ct=artigo&id_artigo=101


https://fortalezas.ufsc.br/2022/02/23/oito-contra-um-no-mar-o-dia-em-que-os-espanhois-tomaram-a-ilha-de-santa-catarina-faz-245-anos/

 

Informações sobre a história completa do Forte São João você encontrará em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_do_Estreito

“Remonta a uma bateria de faxina erguida a partir de 1793 pelo governador da Capitania de Santa Catarina, João Alberto Miranda Ribeiro, com risco do Sargento-mor Joaquim Correia da Serra, artilhada com seis peças (SOUZA, 1885:124). Destinava-se a, pelo lado do continente, cruzar fogos com o Forte de Santana do Estreito, na ponta do estreito na ilha de Santa Catarina (BOITEUX, 1920)’

‘Segundo SOUZA (1981), o Forte de São João do Estreito, possuía um portão abobadado, exposto completamente aos fogos que partiam do canal. À direita localizava-se a bateria, em ângulo saliente, e à esquerda, uma muralha de alvenaria disposta esteticamente, mas primando pela falta de solidez. Sua artilharia, seis peças de bronze, provinha da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, sendo elevada, em 1837, no contexto da Revolução Farroupilha (1835-1845), a onze peças de bronze’

‘Segundo o relator, o forte deveria ser restaurado devido a sua posição estratégica, e todos os edifícios teriam que ser reparados, sendo que a parte mais conservada era a Casa da Pólvora. Em 1850, o mesmo Engenheiro informou ainda: "O quartel da tropa do extinto Forte de São João deste lado do estreito está quase a abater, achando-se o pilar do lado sul, seguro somente por um palmo de alicerce, convém apeá-lo com a maior brevidade para se lhe aproveitar a telha e mais alguns materiais" (SOUZA, 1981)’

‘No contexto da Questão Christie (1862-1865), em 1864, o Governo Imperial projetou para esse local uma nova fortificação, que nunca chegou a ser executada. Posteriormente foi utilizado como depósito de pólvora, sendo então demolida a sua bateria (SOUZA, 1885:124). Arruinado, foi abandonado na segunda metade do século XIX, tendo em vista o relato das reformas que requeria já nesta época. Os remanescentes da fortificação terminaram por ser demolidos ou soterrados no início do século XX, por volta de 1922-1923, em decorrência das obras da construção da Ponte Hercílio Luz, que lhe exigiram o local estratégico. Atualmente, aos pés da cabeceira continental da ponte, semi-soterrados, à esquerda do acesso, restam apenas os vestígios de um túnel de acesso, em alvenaria de pedra e cobertura em abóbada de tijolos, que pertenceu ao antigo Forte de São João’.

https://floripacentro.com.br/no-meio-do-mato-encontramos-as-ruinas-do-forte-sao-joao-construido-em-1793-e-demolido-para-fazer-a-ponte-hercilio-luz/




Conselho Estadual de Cultura aprova tombamento do Forte de São João do Estreito em parceria entre a Associação Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Vista de estrutura remanescente, túnel com cobertura abobadada, que pertenceu ao antigo Forte de São João do Estreito. (Retirado de fortalezas.org) Crédito: Acervo de Edson Silva Ano:1999. Publicada por: Projeto Fortalezas Multimídia.


https://accr.org.br/conselho-estadual-de-cultura-aprova-tombamento-do-forte-de-sao-joao-do-estreito/

Mas, por enquanto, o local, que fica sob a responsabilidade do Deinfra, ainda é "Patrimônio com tombamento provisório".


Encontrei, valiosas informações nos TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO I E II - FORTE DE SÃO JOÃO DO ESTREITO: RESGATE DE MEMÓRIA ATRAVÉS DA VITALIDADE DO ESPAÇO PÚBLICO ARQUITETURA E URBANISMO UNISUL, acadêmica ALINE STEINHEUSER.

 

TRABALHO DE CONCLUSÃO I –  2018  

“Apesar de inserido em área próxima  de bem tombado em esfera nacional (Ponte Hercílio Luz) pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), as ruínas remanescentes do Forte não apresentam nenhum tipo de proteção, seja em âmbito municipal, estadual ou mesmo nacional. Cabe ressaltar, que o Ministério da Guerra (atual Ministério da Defesa) não teve interesse em solicitar tombamento das ruínas do antigo forte, e mantê-las sob sua proteção e administração. Segundo evidências cartográficas, tal estrutura de forte já aparece nos mapas espanhóis de 1777-1778, mas dentro de pouco tempo, já se apresentava em estado de descaso ou ruínas, segundo relatos de viajantes ou de presidentes de província, sendo reformado algumas vezes.

Em 1837 o engenheiro militar Patrício Antônio de Sepúlveda Everard relata o estado de ruínas dos edifícios e muralhas do forte. Em 1850 em outro relatório, o engenheiro cita o mesmo estado arruinado do forte: “parece que o desejo de acabar com tudo o que representa o caráter de antiguidade, tem se desenvolvido com  bastante rigor entre nós. ” Joaquim de Almeida Coelho”. Fonte: STEINHEUSER, Aline 2028 (p. 20 e 62)  https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/18b9bae2-5425-4f9b-9105-811d798f79e2/download -  Pesquisa em 13/01/2024

 

TRABALHO DE CONCLUSÃO II –  2019 

“As Fortalezas e fortins portugueses foram construídos no mundo todo, padronizadas e normatizadas por publicações de engenheiros militares. Salvo isto, torna-se possível compreender boa parte das técnicas de desenho e construção e das estratégias militares de defesa a algum lugar. O Forte de São João do Estreito, acabou sendo conde[1]nado à ruína, mas isso nada impede de que, mesmo em meio a uma área urbana consolidada, alguns pontos-chave possam fazer significativa (re)memória ao bem. Como resgate de seus pontos-chave, apresentam-se a antiga Casa de Corpo da Guarda, o Caminho do Litoral e as muralhas de proteção. Tudo isso, em conjunto das ruínas da antiga portada de acesso, que ainda permanecem.

Como referência à alguma intervenção em áreas tão delicadas, a nova Praça do Castelo de São Jorge garante excelente experiência em (re)memorar locais e bens antiga casa de corpo da guarda do Forte de São João do Estreito pode ser localizada, segundo projeto de 1864. A partir disto, uma estrutura neutra e atemporal fora desenvolvida, visando recuperar a espacialidade desta. A estrutura é em steel frame reforçada (devido a maior espessura das paredes externas), revestida com placa cimentícia branca, e cobertura que permite a entrada de iluminação natural.

As paredes externas possuem recuo de 30cm do nível do solo, viando garantir a promoção de iluminação cênica na parte inferior, visto que, há a hipótese de que as ruínas destas paredes ainda possam ser encontradas. Desta forma, elevando a estrutura do solo, passa a ser possível contemplar a estrutura original, e torna-se nítida a intervenção realizada, em uma linguagem arquitetônica neutra e sem intervenção radical. Salienta-se o fato de pouca intervenção na estrutura original, já que a estrutura desenvolvida não toca o solo a todo momento, mas sim, em pontos definidos por pilares de apoio

As ruínas da portada do antigo Forte, parte em pedra e parte em alvenaria de terra, permanecem atualmente bloqueadas visto a insegurança que o lugar, e seu entorno ofereciam. Como forma de promoção deste patrimônio, a passagem pela portada vem promover o diálogo entre o antigo e o novo, de forma que a intervenção em nada interfira no bem. Para tal intervenção, as ruínas se conservam em seu estado atual, e a passarela do “Caminho do Litoral” é o eixo de ligação do Forte com a parte baixa da área de intervenção, resgatando o caráter de portada, de pórtico que tal forte possuía.

Por se tratar de sítio arqueológico os percursos e acessos devem ser bem resolvidos, de modo a não interferir na leitura e facilitar a visitação. Bancos, degraus e plataformas são de calcário, para serem distinguidos das texturas das paredes e fundações es[1]cavadas, e permanecerem neutros perante aos elementos originais do sítio”.  STEINHEUSER, Aline Fonte: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/c76be604-bae9-46fe-9d5e-b92a76e9c947/download 2019 (pg. 1 a 4) – pesquisa em 13/01/2024.

 

 

Ruínas do Forte São João

Para finalizar a pesquisa encontrei dois vídeos sobre o assunto

 

https://globoplay.globo.com/v/10416707/

 

https://www.youtube.com/watch?v=xSKN2n3Kx2M