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segunda-feira, 29 de julho de 2024

PERCURSO CXLVII -- II Virada Cultural - Antonieta de Barros – Florianópolis

 


Antonieta de Barros

Nasceu no dia 11 de julho de 1901, Este ano comemora os 123 anos de seu nascimento.

O Evento tem como objetivo homenagear a educadora, escritora, jornalista e política catarinense. Antonieta de Barros, mulher negra, filha de uma ex-escravizada que aprendeu a ler e escrever e acreditava que, a educação era um meio de transformação social, desta forma criou uma escola para alfabetizar pessoas carentes. Defendia a justiça social e criticava, o racismo e o machismo. Foi deputada estadual em dois mandatos, uma de suas propostas foi a criação do Dia do Professor e sua celebração em 15 de outubro. Antonieta de Barros nasceu no dia 11 de julho de 1901, este ano comemorando os 123 anos de seu nascimento. A apresentação da roda no dia 28 de julho é para homenagear Antonieta de Barros e todas as mulheres negras que combatem o racismo estrutural presente na sociedade catarinense.

As apresentações ocorreram em frente ao Bar Bugio, local de encontro do povo e a cultura na Rua.

 

Evento – Saia do Mar - Coco de roda

Sua origem data do século XV e foi criado a partir dos batuques e umbigadas de origem africana, além das trocas de experiências com indígenas. Manifestação cultural que mistura dança, música e poesia, o samba de roda nasceu no Recôncavo Baiano e se expandiu pelo país. O gênero musical é uma grande referência e ganhou no ano de 2008 o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade. “O Samba de Roda do Recôncavo baiano integra os bens inscritos na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, foi a segunda manifestação a ser registrada no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Nacional e como expressão musical foi a primeira no País”. Fonte http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1180#:~:text=O%20Samba%20de%20Roda%20do,foi%20a%20primeira%20no%20Pa%C3%ADs.

É uma manifestação que acontece em festas e durante cultos religiosos do candomblé e umbanda, o samba de roda recebe esse nome, pois seus participantes se organizam em círculo para cantar, tocar, dançar e bater palmas. A pessoa que fica no meio da roda tem sua participação com a famosa umbigada e convoca um novo dançarino para o meio. Os músicos tocam diversos instrumentos como viola, o atabaque, violão, pandeiro, berimbau, ganzá, reco-reco e o agogô. O estilo musical apresenta duas variações principais. O grupo Coco de Roda Saia do Mar apresentou o samba corrido, as palmas e a música acontecem ao mesmo tempo. No samba corrido, as pessoas podem sambar e tocar ao mesmo tempo.




 

 Evento -  Grupo MITTOS – Morro do Mocotó  - https://www.facebook.com/grupomittos/


O Projeto Social desenvolvido no Morro do Mocotó – Florianópolis muda, a realidade de crianças, pois está direcionado às crianças e jovens. Diversas oficinas são oferecidas para que as crianças possam aprender e crescer sendo incentivadas a buscar um futuro melhor. A ACAM (Associação de amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó) sobrevive com voluntários, e cuida de mais de 200 jovens, entre crianças e adolescentes. Suas atividades tem como objetivo “que a verdadeira riqueza cultural reside na coletividade e na partilha e ressalta, a importância da oralidade na preservação da herança cultural e a força das histórias em unir e educar uma comunidade”. A Associação atende um número maior de crianças a cada ano, por isso os responsáveis pelo local promovem eventos para arrecadar fundos. O Grupo de dança criado na comunidade do Morro do Mocotó desde 1996. Em nome da presidente do grupo Mittos, Ana Cristina agradece, os 24 anos de existência do balé afro e orixás. " A dança no Candomblé simboliza a harmonia do físico com o sagrado. O Candomblé é uma religião rara, onde as divindades dançam e convivem com os humanos!". Por pertencer ao Candomblé autentico, a belíssima dança e homenagem aos nossos ancestrais.

Observa-se em Florianópolis, a falta de interesse pela cultura por algumas instituições governamentais e esquecem que a Constituição Federal, promulgada em 1988, por meio do Artigo 215, estabelece que é dever do Estado garantir “a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional e apoiar, a valorização e a difusão das manifestações culturais”. No Estado de Santa Catarina foi criada a Fundação Catarinense de Cultura, “Pessoa jurídica de direito público, criada oficialmente em 24 de abril de 1979 pelo Decreto Estadual nº 7439 e mantida pela Lei Complementar 381/2007. Como órgão de administração indireta, está vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), órgão que define as políticas de apoio a cultura, cuja execução é de competência da FCC”. Mais uma Lei foi criada, “ Lei nº 8.313, em 23 de dezembro de 1991 - mais conhecida como Lei Rouanet - sancionada com o objetivo de fomentar a atividade cultural no Brasil, instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Cultura. O Governo Catarinense tem o dever de distribuir as políticas públicas principalmente, para os locais que trabalham com a finalidade de transmitir conhecimentos para sua comunidade e formar indivíduos capacitados para o futuro como, o Projeto Cultural desenvolvido no Morro do Mocotó, para salvaguardar seu Patrimônio Imaterial - os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.

 








PERCURSO CXLVI - Santo Antônio de Lisboa – Apresentação da Dança “Bumba meu Boi”

Santo Antônio de Lisboa é um distrito, bairro e praia da cidade de Florianópolis, capital do estado brasileiro de Santa Catarina. Antigo núcleo de imigração de açorianos, é considerado um bairro histórico e turístico. Em um passeio por Santo Antônio de Lisboa assisti a Dança do Bumba meuHistoriadores estimam que a dança do bumba meu boi surgiu no século XVIII, na região Nordeste. Nesse período, o boi tinha uma importância significativa, fosse pela sua simbologia, de força e resistência, ou fatores econômicos, já que havia grandes criadores de gado e colonizadores que faziam uso de mão de obra escravizada. Sua dança é resultado da união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. O costume foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses. A lenda  registra  que,  um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabia  dançar. Em sua fazenda tinha um trabalhador que roubou o boi para satisfazer sua mulher Catarina, grávida que sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade. É reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As denominações variam de Estado para Estado. Além do folclore, ao caminhar pelas ruas observou-se, tendas de artesanatos inclusive uma rendeira em seu trabalho, confecção da renda de bilro, uma manifestação cultural caracterizada como artesanato, porém, a sobrevivência da renda de bilro depende fundamentalmente do interesse de pessoas em aprender a tecer e ensinar a outros que continuem esse mesmo movimento. Em rápido bate-papo com D. Maria em seu trabalho ela afirmou com um olhar triste que, ninguém quer mais aprender a fazer a renda de bilro. Desde 2019 a Renda de Bilro Tramoia está em processo para ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Florianópolis junto ao IPHAN, pois, justifica-se na defesa que que este tipo de trabalho com os Bilros só é feito no Brasil, pelas Rendeiras de Florianópolis. 



























PERCURSO CXLV - Armazém Rita Maria – Florianópolis Alameda Annita Hoepcke da Silva, 112 Centro, Florianópolis - SC

 

Do sonho da família Hoepcke, nasce o Armazém Rita Maria: um complexo multiuso com dois mil metros quadrados de área restaurada, localizado próximo à Ponte Hercílio Luz e à Avenida Beira-Mar Norte. Ocupa hoje o espaço de um complexo industrial de dois mil metros quadrados, no coração da cidade, construído por Carl Hoepcke (1844-1924), imigrante alemão que aos 19 anos desembarcou no Brasil para viver, trabalhar e cuidar de sua família. É um espaço excelente para lazer, arte, cultura e entretenimento e gastronomia. O Armazém e a ponte para o reencontro com o passado, pois o Armazém ressignifica a própria história da capital catarinense. O local foi completamente restaurado e revitalizado, onde funcionavam, há 125 anos, os galpões de cargas da Empresa Nacional de Navegação Hoepcke, fundada por Carl Hoepcke, que mais tarde foram transformados em metalúrgica, em uma fábrica de pregos e, depois, em uma fábrica de gelo. No link a seguir você conhecerá a história do Armazém, https://www.armazemritamaria.com.br/historia