Seguidores

segunda-feira, 18 de novembro de 2024

Percurso CL - Restauração do Chafariz do Mercado Público de Itajaí

 

Os chafarizes são guardiões da cultura, conectando gerações e contando histórias silenciosas de tempos passados. Sua presença cria uma ponte entre o passado e o presente, lembrando-nos da riqueza histórica de nossas comunidades. De acordo  com o Município de Itajaí “O Mercado Público Velho recebeu, nesta sexta-feira (22/11/2019), a entrega das obras de restauro e conservação do chafariz do Escultor Luigi Collares, feita em 1917, A peça histórica recebeu higienização, decapagem mecânica e química, remoção e desprendimento de intervenções inadequadas, além do conserto de fissuras e rachaduras, do sistema hidráulico, reconstruções volumétricas, acabamento, desmobilização e pintura. A empresa responsável pela obra foi o Atelier Ventos do Norte, do Rio de Janeiro (RJ) e o restaurador Oyama Achcar Pancotti. O investimento do município foi de R$ 17.400,00. Nós estamos muito felizes com o restauro. O chafariz é uma peça muito linda da história do Mercado Público e do município. Foi um trabalho intenso, mas muito recompensador poder vê-lo funcionando novamente”, contou Normélio Pedro Weber, superintendente das Fundações” Fonte: https://itajai.sc.gov.br/noticias/24233/chafariz-do-mercado-publico-volta-a-funcionar-apos-restauracao

 


PERCURSO CXLVIX - História de Itajaí e seu Mercado Público

 

A palavra Itajaí vem do Tupi-Guarani e significa rio que corre sobre as pedras, em menção ao Rio Itajaí-Açu, o maior rio da costa catarinense, que margeia o Município. No decorrer das décadas passou por povoamento, colônias, atividade econômica do comércio,  e a partir de 1823 foi fundada a capela do Santíssimo Sacramento, construída em 1823 e com ela foi criado, o curato, unidade administrativa e pastoral da Igreja Católica, que desempenhou um papel fundamental na formação e desenvolvimento das comunidades), um marco para a história da cidade, pois marcou o nascimento oficial de Itajaí e a primeira organização pública formal da região, em 1860 foi fundado oficialmente o Município.

Os  Mercados localizados em cidades no Brasil têm sua história, os quais, na maioria estão relacionados com a cultura local. A ideia de construir um mercado público em Itajaí surgiu em 1871, mas não prosperou. Em 1894, o comerciante Manoel de Souza Cunha apresentou uma proposta para a construção de um mercado particular, mas não obteve autorização. Em 1897, Pedro Ferreira obteve a concessão dos terrenos de marinha na "Praia do Rio". A obra foi autorizada em 1915 e o mercado foi inaugurado em 1º de janeiro de 1917. O mercado foi construído para sanear o comércio de carne e peixe, que era feito em bancas nas ruas. A arquitetura do mercado foi influenciada por elementos germânicos e açorianos. Como outros Mercados no Brasil  foi, palco de incêndios em 1936 e 1939, que alteraram a sua fachada e telhado. Em 1997, o mercado passou a abrigar o Centro de Cultura Popular. O mercado é tombado por sua importância histórica, artística e cultural.  É conhecido por sua gastronomia e cultura, desta forma, atrai visitantes de todo o mundo. No local, é possível saborear comidas típicas, comprar artesanato local e assistir a apresentações de músicos e artistas regionais. O município de Itajaí conta com dois órgãos responsáveis pela gestão histórico-cultural da cidade, um que trata com especificidade sobre o patrimônio histórico – a Fundação Genésio Miranda Lins (FGML), e o outro órgão responsável pela fruição, acesso e outras demandas da cultura local, que é a Fundação Cultural de Itajaí (FCI). A FGML foi o primeiro órgão público voltado aos fins culturais. Em todos esses anos, a fundação incentiva, apoia, promove e patrocina ações voltadas ao patrimônio cultural local. Itajaí dispõe de dezoito bens tombados por legislação municipal e estadual, os quais são descritos a seguir: Mercado Público Municipal / Centro de Cultura Popular - Decreto n.º 5755 de 17 de dezembro de 1998, Mercado Velho - Localização: Praça Felix Busso Asseburg e Decreto n.º 3460 de 23 de novembro de 2001 - Uso Atual: Centro de Cultura Popular Mercado Velho.  Com relação ao conceito de memória e história, Nora (1993, p. 09) contribui sinalizando que “A memória é um fenômeno sempre atual, um elo vivido no eterno presente; a história, uma representação do passado” e assim, se preserva a cultura de Itajaí, para próximas gerações. No último sábado estive presente a noite, em uma apresentação de “samba raiz” apresentado por uma grupo fantástico: https://www.instagram.com/familiaoliveira_blumenau/











segunda-feira, 29 de julho de 2024

PERCURSO CXLVII -- II Virada Cultural - Antonieta de Barros – Florianópolis

 


Antonieta de Barros

Nasceu no dia 11 de julho de 1901, Este ano comemora os 123 anos de seu nascimento.

O Evento tem como objetivo homenagear a educadora, escritora, jornalista e política catarinense. Antonieta de Barros, mulher negra, filha de uma ex-escravizada que aprendeu a ler e escrever e acreditava que, a educação era um meio de transformação social, desta forma criou uma escola para alfabetizar pessoas carentes. Defendia a justiça social e criticava, o racismo e o machismo. Foi deputada estadual em dois mandatos, uma de suas propostas foi a criação do Dia do Professor e sua celebração em 15 de outubro. Antonieta de Barros nasceu no dia 11 de julho de 1901, este ano comemorando os 123 anos de seu nascimento. A apresentação da roda no dia 28 de julho é para homenagear Antonieta de Barros e todas as mulheres negras que combatem o racismo estrutural presente na sociedade catarinense.

As apresentações ocorreram em frente ao Bar Bugio, local de encontro do povo e a cultura na Rua.

 

Evento – Saia do Mar - Coco de roda

Sua origem data do século XV e foi criado a partir dos batuques e umbigadas de origem africana, além das trocas de experiências com indígenas. Manifestação cultural que mistura dança, música e poesia, o samba de roda nasceu no Recôncavo Baiano e se expandiu pelo país. O gênero musical é uma grande referência e ganhou no ano de 2008 o título de Patrimônio Imaterial da Humanidade. “O Samba de Roda do Recôncavo baiano integra os bens inscritos na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, foi a segunda manifestação a ser registrada no Livro das Formas de Expressão do Patrimônio Nacional e como expressão musical foi a primeira no País”. Fonte http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1180#:~:text=O%20Samba%20de%20Roda%20do,foi%20a%20primeira%20no%20Pa%C3%ADs.

É uma manifestação que acontece em festas e durante cultos religiosos do candomblé e umbanda, o samba de roda recebe esse nome, pois seus participantes se organizam em círculo para cantar, tocar, dançar e bater palmas. A pessoa que fica no meio da roda tem sua participação com a famosa umbigada e convoca um novo dançarino para o meio. Os músicos tocam diversos instrumentos como viola, o atabaque, violão, pandeiro, berimbau, ganzá, reco-reco e o agogô. O estilo musical apresenta duas variações principais. O grupo Coco de Roda Saia do Mar apresentou o samba corrido, as palmas e a música acontecem ao mesmo tempo. No samba corrido, as pessoas podem sambar e tocar ao mesmo tempo.




 

 Evento -  Grupo MITTOS – Morro do Mocotó  - https://www.facebook.com/grupomittos/


O Projeto Social desenvolvido no Morro do Mocotó – Florianópolis muda, a realidade de crianças, pois está direcionado às crianças e jovens. Diversas oficinas são oferecidas para que as crianças possam aprender e crescer sendo incentivadas a buscar um futuro melhor. A ACAM (Associação de amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó) sobrevive com voluntários, e cuida de mais de 200 jovens, entre crianças e adolescentes. Suas atividades tem como objetivo “que a verdadeira riqueza cultural reside na coletividade e na partilha e ressalta, a importância da oralidade na preservação da herança cultural e a força das histórias em unir e educar uma comunidade”. A Associação atende um número maior de crianças a cada ano, por isso os responsáveis pelo local promovem eventos para arrecadar fundos. O Grupo de dança criado na comunidade do Morro do Mocotó desde 1996. Em nome da presidente do grupo Mittos, Ana Cristina agradece, os 24 anos de existência do balé afro e orixás. " A dança no Candomblé simboliza a harmonia do físico com o sagrado. O Candomblé é uma religião rara, onde as divindades dançam e convivem com os humanos!". Por pertencer ao Candomblé autentico, a belíssima dança e homenagem aos nossos ancestrais.

Observa-se em Florianópolis, a falta de interesse pela cultura por algumas instituições governamentais e esquecem que a Constituição Federal, promulgada em 1988, por meio do Artigo 215, estabelece que é dever do Estado garantir “a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional e apoiar, a valorização e a difusão das manifestações culturais”. No Estado de Santa Catarina foi criada a Fundação Catarinense de Cultura, “Pessoa jurídica de direito público, criada oficialmente em 24 de abril de 1979 pelo Decreto Estadual nº 7439 e mantida pela Lei Complementar 381/2007. Como órgão de administração indireta, está vinculado à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), órgão que define as políticas de apoio a cultura, cuja execução é de competência da FCC”. Mais uma Lei foi criada, “ Lei nº 8.313, em 23 de dezembro de 1991 - mais conhecida como Lei Rouanet - sancionada com o objetivo de fomentar a atividade cultural no Brasil, instituiu o Programa Nacional de Incentivo à Cultura. O Governo Catarinense tem o dever de distribuir as políticas públicas principalmente, para os locais que trabalham com a finalidade de transmitir conhecimentos para sua comunidade e formar indivíduos capacitados para o futuro como, o Projeto Cultural desenvolvido no Morro do Mocotó, para salvaguardar seu Patrimônio Imaterial - os saberes, os modos de fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, costumes e outras tradições.

 








PERCURSO CXLVI - Santo Antônio de Lisboa – Apresentação da Dança “Bumba meu Boi”

Santo Antônio de Lisboa é um distrito, bairro e praia da cidade de Florianópolis, capital do estado brasileiro de Santa Catarina. Antigo núcleo de imigração de açorianos, é considerado um bairro histórico e turístico. Em um passeio por Santo Antônio de Lisboa assisti a Dança do Bumba meuHistoriadores estimam que a dança do bumba meu boi surgiu no século XVIII, na região Nordeste. Nesse período, o boi tinha uma importância significativa, fosse pela sua simbologia, de força e resistência, ou fatores econômicos, já que havia grandes criadores de gado e colonizadores que faziam uso de mão de obra escravizada. Sua dança é resultado da união de elementos das culturas europeia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. O costume foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses. A lenda  registra  que,  um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabia  dançar. Em sua fazenda tinha um trabalhador que roubou o boi para satisfazer sua mulher Catarina, grávida que sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade. É reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e como Patrimônio Cultural do Brasil, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As denominações variam de Estado para Estado. Além do folclore, ao caminhar pelas ruas observou-se, tendas de artesanatos inclusive uma rendeira em seu trabalho, confecção da renda de bilro, uma manifestação cultural caracterizada como artesanato, porém, a sobrevivência da renda de bilro depende fundamentalmente do interesse de pessoas em aprender a tecer e ensinar a outros que continuem esse mesmo movimento. Em rápido bate-papo com D. Maria em seu trabalho ela afirmou com um olhar triste que, ninguém quer mais aprender a fazer a renda de bilro. Desde 2019 a Renda de Bilro Tramoia está em processo para ser reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial de Florianópolis junto ao IPHAN, pois, justifica-se na defesa que que este tipo de trabalho com os Bilros só é feito no Brasil, pelas Rendeiras de Florianópolis. 



























PERCURSO CXLV - Armazém Rita Maria – Florianópolis Alameda Annita Hoepcke da Silva, 112 Centro, Florianópolis - SC

 

Do sonho da família Hoepcke, nasce o Armazém Rita Maria: um complexo multiuso com dois mil metros quadrados de área restaurada, localizado próximo à Ponte Hercílio Luz e à Avenida Beira-Mar Norte. Ocupa hoje o espaço de um complexo industrial de dois mil metros quadrados, no coração da cidade, construído por Carl Hoepcke (1844-1924), imigrante alemão que aos 19 anos desembarcou no Brasil para viver, trabalhar e cuidar de sua família. É um espaço excelente para lazer, arte, cultura e entretenimento e gastronomia. O Armazém e a ponte para o reencontro com o passado, pois o Armazém ressignifica a própria história da capital catarinense. O local foi completamente restaurado e revitalizado, onde funcionavam, há 125 anos, os galpões de cargas da Empresa Nacional de Navegação Hoepcke, fundada por Carl Hoepcke, que mais tarde foram transformados em metalúrgica, em uma fábrica de pregos e, depois, em uma fábrica de gelo. No link a seguir você conhecerá a história do Armazém, https://www.armazemritamaria.com.br/historia