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segunda-feira, 25 de março de 2024

Percurso 3 - Buenos Aires – Café Tortoni

“Sabe-se que foi inaugurado em 1858, mas existem duas versões a respeito ao porquê de seu nome: uma delas diz que um imigrante francês de apelido Touan o havia estabelecido na esquina de Rivadavia e Esmeralda, nomeando-o Tortoni dado que assim se chamava um estabelecimento do Boulevard des Italiens onde se reunia a elite da cultura parisiense do século XIX. É chamativo que o escritor francês Stendhal (Henri M.Beyle) em sua novela O vermelho e o Negro, de 1830, menciona a existência de um café Tortoni em Paris. Também Machado de Assis referiu-se ao homônimo café francês no conto "A Parasita Azul", em "Histórias da Meia Noite", compilação de contos publicada em 1873. A outra versão, afirma que foi um tal Oreste Tortoni quem haveria estabelecido o café sobre a Rua Defensa ao 200. Um dos últimos donos do Tortoni, o senhor Fanego, está a favor da primeira versão e afirma que a segunda nasceu de um erro de um articulista de um folheto publicitário de um dos provedores, que inventou ao tal Oreste Tortoni. No entanto, Enrique Puccia, historiador de Buenos Aires, descobriu que efetivamente existiu um guia da cidade donde aparece o Café Tortoni na Defensa ao 200. Não obstante, o Grande Mapa Mercantil da Cidade de Buenos Aires, editado em 1870, por Rodolfo Kratzenstein o localiza na Avenida Rivadavia e Esmeralda com Monsieur Touan como proprietário.

O certo é que em 1880 foi trasladado para seu lugar atual, onde anteriormente se encontrava o denominado Templo Escocês de Buenos Aires, mas sua entrada era pela Avenida Rivadavia. A partir de 1898 teve sua entrada principal pela Avenida de Maio, (que havia sido inaugurada em 1894), e a fachada foi realizada pelo arquiteto principal pela Avenida de Maio, (que havia sido inaugurada em 1894), e a fachada foi realizada pelo arquiteto Alejandro Christophersen. A finais do século XIX o café é comprado por outro francês, Celestino Curutchet, que habitava nos altos do café.

Este bar pertence ao seleto grupo de "bares notáveis" da Cidade de Buenos Aires, um grupo cuja principal característica é contar-se entre as más representativas da cidade e estar oficialmente apoiados por programas oficiais do Governo da Cidade de Buenos Aires. O tradicional Café Tortoni estará para sempre marcado na história portenha como um dos grandes símbolos de uma era. Uma mesa que chama atenção e turista como eu gostam de tirar uma foto á na mesa que tem três bonecos  que representam Jorge Luis Borges, Carlos Gardel e Alfonsina Storni (nessa ordem), em virtude de suas visitas ao café”.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9_Tortoni#Caf%C3%A9_Tortoni_no_tango

Ao adentrar neste famoso café me senti Museóloga, pois encontrei um vasto acervo em diversas tipologias que relata, a vida de pessoas com o mesmo sonho no passado e mostra, a ousadia de vencer no presente e poder transmitir, para futuras gerações, a importância da memória coletiva de uma sociedade.
































Fonte da imagem: https://aguiarbuenosaires.com/cafe-tortoni-o-mais-famoso-cafe-de-buenos-aires/






  

Percuso 2 - Buenos Aires - História da Casa Rosada

“A história da Casa Rosada tem início em 1580, quando foi construído o Forte de Buenos Aires. Foi nesse local que o Palácio do Governo foi erguido séculos depois, já no começo do século XIX.O Forte serviu como residência dos primeiros governantes do país, mas caiu em abandono nas décadas posteriores. O edifício foi remodelado em 1713, com um desenho muito mais sóbrio. O novo edifício era cercado por um fosso, tinha quatro torres retangulares e se estendia por um hectare. Somente a partir de 1862, o Palácio do Governo começou a ser utilizado como sede do poder executivo nacional, depois de passar por uma reforma no governo de Mitre.

A nova Alfândega

O Forte foi substituído em 1713 por uma estrutura de alvenaria (o "Castillo de San Miguel") com torreões que tornaram o local o verdadeiro centro nevrálgico do governo colonial. Após a independência, o presidente Bernardino Rivadavia mandou construir um pórtico neoclássico em 1825 e o edifício permaneceu inalterado até que, em 1857, a fortaleza foi demolida em favor de um novo edifício da Alfândega.

Sob a direção do arquiteto argentino britânico Edward Taylor, a estrutura italiana foi o maior edifício de Buenos Aires de 1859 a 1890. Esta é a versão argentina da Casa Branca. Do antigo forte restava apenas um arco e algumas construções do período vice-rei, que se encontravam dentro das muralhas fortificadas, agora destruídas.

A Casa Rosada foi fundada originalmente nas margens do Rio da Prata em 1594 para ser a casa de Don Juan Baltazar da Áustria. Após várias reformas, demolições e construções, a estrutura que conhecemos atualmente como a Casa Rosada na Plaza de Mayo só foi feita na segunda metade do século 19.

Ela é reconhecida por sua arquitetura de Francisco Tamburini e seus quadros guardados no interior do prédio de quatro andares. Segundo algumas teorias, a cor tradicional do prédio foi uma mistura feita como uma tentativa de amenizar o conflito dos dois partidos políticos dominantes da década de 1860, que tinham como suas cores oficiais o branco e o vermelho. No entanto, o fator mais importante para determinar a fama do lugar é o número de discursos políticos já sediados em sua varanda e as manifestações artísticas que aconteceram ali.

Os interiores

Os interiores deste palácio são um conjunto de salões, galerias, escritórios e pátios que vão te deixar de boca aberta. Você pode encontrar maravilhas também no subterrâneo do palácio.

Uma das salas mais populares é aquela intitulada a Evita Perón que mostra os momentos mais importantes da vida pública e privada de Eva Duarte.

No interior você encontra também o museu da Casa do Governo com todas as lembranças da história da Argentina e dos seus presidentes. Por exemplo, você pode admirar carruagens de época ou até mesmo o carro do presidente Juan Domingo Perón.

Os exteriores

A parte externa da Casa Rosada é caracterizada por 4 fachadas: Sul, norte, leste e oeste. De cada lado você olhar esse palácio, você poderá admirar peças de representações da história argentina.

A Fachada Sul tem vista para a rua Hipólito Yrigoyen. O original foi demolido na década de 1930 para alargar a rua e construir o atual prédio do Ministério da Economia. A frente norte está localizada na Avenida Rivadavia e é o local de entrada do Presidente e das autoridades oficiais. Esta entrada é guardada por dois granadeiros, guarda de honra do Presidente da Nação.

A fachada leste da Casa do Governo olha para o Río de la Plata e é a única que apresenta um conjunto escultórico. Esta obra, localizada na parte mais alta do corpo central, pertence ao escultor italiano Carlos Bianchi e se chama Las Artes y el Trabajo coroando a Argentina.

Enfim a fachada norte que é a mais conhecida da Casa do Governo que dá para a Plaza de Mayo. Aqui destaca-se um grande arco central de pé-direito duplo, coroado por uma loggia de estilo neo-renascentista projetada pelo arquiteto italiano Francesco Tamburini em 1884 a pedido do presidente Julio Argentino Roca para fundir os edifícios da Casa do Governo e do Palácio dos Correios”.

Fonte: https://www.costacruzeiros.com/costa-club/magazine/patrimonio/casa-rosada.html#historia






Em frente à Casa Rosada os Argentinos fizeram uma Homenagem às vítimas de Covid-19, um ato contra gestão de Fernández. Colocaram pedras com nomes dos mortos pelo vírus. O presidente Alberto Fernández furou quarentena. Cada pedra tinha um nome. Cada nome representava um dos mais de 109 mil mortos por Covid-19 na Argentina. A “Marcha de Las piedras” foi o nome dado ao protesto, que levou centenas de familiares e amigos de pessoas que perderam algum ente querido durante a pandemia do novo coronavírus a lugares emblemáticos do país, como, por exemplo, a Quinta de Olivos, que é a residência presidencial, e a Casa Rosada, sede da Presidência. Em outras cidades do país como, por exemplo, Mendoza, se registraram manifestações similares. Para muitos foi um funeral simbólico já que a maioria não tive a oportunidade de se despedir de seus entes queridos contagiados pelo vírus. Fonte: Créditos de GABRIELA GROSSKOPF ANTUNES  17/08/2021 12:09/ Actualizado al 27/08/2021 18:46








Percurso 1 - Buenos Aires - Comemorações de aniversários


Família do coração foi comemorar aniversários em Buenos Aires - Eu, Fernanda, Ricardo, Flaviana (fotógrafa) 13 à 17 de março de 2024. Nossa viagem  de ida e volta foi tranquila e nos hospedamos no Hotel  Argenta Tower Hotel o qual recomendo, pois o serviço é nota 10. Em Buenos Aires encontrei o que gosto, patrimônio  material e imaterial, mas com o olhar crítico de Conservadora e Museóloga. Os passeios foram realizados através de Tour Turísticos em dois dias, através de um Uber particular e no Ônibus Tour que tem várias paradas para descer e subir, mas o turista não consegue guardar todas as informações em seu HD mental. Desta forma como gosto de pesquisar utilizei as fotos, para contar a história dos locais. As próximas postagens serão de locais que visitamos.












sábado, 10 de fevereiro de 2024

PERCURSO CXLIII - A cultura afro-brasileira na folia (Carnaval 2024)

Em Santa Catarina a escravidão negra aconteceu em cinco municípios: São Francisco do Sul, Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), Laguna, Araranguá e Lages. O primeiro grupo veio com os vicentistas das Ilhas dos Açores e da Madeira em meados do século XVIII. De Acordo com a Historiadora VIEIRA, Gilmara de Oliveira (UFSC), o primeiro bloco com conotação  com a cultura africana em Florianópolis foi O BLOCO RASTAFARI. ” Na década de 1990, o carnaval em Florianópolis foi incentivado com o apoio da prefeitura, com diversos blocos de carnaval de rua celebrando a festa. Nesse contexto, o Bloco Rastafari é criado, em 1993, e se torna o mais expressivo bloco carnavalesco representante da cultura africana e afro-brasileira em Santa Catarina”. Se desejar conhecer sua história,  sua trajetória como movimento social, suas estratégias utilizadas para inserção no carnaval florianopolitano e a relação político-socio-cultural intrínseca entre o Bloco e a cidade clique em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/204303/TCC%20%20TRABALHO%20DE%20CONCLUS%c3%83O%20DE%20CURSO.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Posteriormente foram criados, outros Blocos Afro: Bloco Africatarina, Arrasta Ilha, Baque Mulher e Cores de Aidê que desfilaram, ao redor da Praça XV de Novembro, no centro histórico da capital catarinense, com a finalidade de destacar a pluralidade da cultura afro-brasileira, com  diferentes manifestações, que representam as diversas tradições, povos e culturas africanas. Outro bloco que desfilou foi Maracatu, que surgiram na Bahia e em Pernambuco, respectivamente e tem forte relação, com as religiões de matriz africana e com o catolicismo popular. As rainhas eram coroadas dentro da igreja católica. Hoje, elas passaram a ser coroadas em frente da igreja.

Assisti “Cores de Aidê” e encantou-me, me senti em uma festa de Candomblé. O bloco de samba-reggae Cores de Aidê, formado por mais de 170 mulheres e pessoas não binárias tem como enredo o sugestivo “Malandragem: A Potências das Ruas”. Com as cores branco, vermelho e preto, homenagearam com fé e magia os guardiões das ruas, senhores e senhoras que inspiravam e abençoavam, os movimentos das coreografias. Muito  axé para seus figurantes.