“Sabe-se que foi inaugurado em
1858, mas existem duas versões a respeito ao porquê de seu nome: uma delas diz
que um imigrante francês de apelido Touan o havia estabelecido na esquina de
Rivadavia e Esmeralda, nomeando-o Tortoni dado que assim se chamava um
estabelecimento do Boulevard des Italiens onde se reunia a elite da cultura parisiense
do século XIX. É chamativo que o escritor francês Stendhal (Henri M.Beyle) em
sua novela O vermelho e o Negro, de 1830, menciona a existência de um café
Tortoni em Paris. Também Machado de Assis referiu-se ao homônimo café francês
no conto "A Parasita Azul", em "Histórias da Meia Noite",
compilação de contos publicada em 1873. A outra versão, afirma que foi um tal
Oreste Tortoni quem haveria estabelecido o café sobre a Rua Defensa ao 200. Um
dos últimos donos do Tortoni, o senhor Fanego, está a favor da primeira versão
e afirma que a segunda nasceu de um erro de um articulista de um folheto
publicitário de um dos provedores, que inventou ao tal Oreste Tortoni. No
entanto, Enrique Puccia, historiador de Buenos Aires, descobriu que
efetivamente existiu um guia da cidade donde aparece o Café Tortoni na Defensa
ao 200. Não obstante, o Grande Mapa Mercantil da Cidade de Buenos Aires,
editado em 1870, por Rodolfo Kratzenstein o localiza na Avenida Rivadavia e
Esmeralda com Monsieur Touan como proprietário.
O certo é que em 1880 foi
trasladado para seu lugar atual, onde anteriormente se encontrava o denominado
Templo Escocês de Buenos Aires, mas sua entrada era pela Avenida Rivadavia. A
partir de 1898 teve sua entrada principal pela Avenida de Maio, (que havia sido
inaugurada em 1894), e a fachada foi realizada pelo arquiteto principal pela
Avenida de Maio, (que havia sido inaugurada em 1894), e a fachada foi realizada
pelo arquiteto Alejandro Christophersen. A finais do século XIX o café é
comprado por outro francês, Celestino Curutchet, que habitava nos altos do
café.
Este bar pertence ao seleto grupo
de "bares notáveis" da Cidade de Buenos Aires, um grupo cuja
principal característica é contar-se entre as más representativas da cidade e
estar oficialmente apoiados por programas oficiais do Governo da Cidade de
Buenos Aires. O tradicional Café Tortoni estará para sempre marcado na história
portenha como um dos grandes símbolos de uma era. Uma mesa que chama atenção e
turista como eu gostam de tirar uma foto á na mesa que tem três bonecos que representam Jorge Luis Borges, Carlos
Gardel e Alfonsina Storni (nessa ordem), em virtude de suas visitas ao café”.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Caf%C3%A9_Tortoni#Caf%C3%A9_Tortoni_no_tango
Ao adentrar neste famoso café me
senti Museóloga, pois encontrei um vasto acervo em diversas tipologias que
relata, a vida de pessoas com o mesmo sonho no passado e mostra, a ousadia de
vencer no presente e poder transmitir, para futuras gerações, a importância da
memória coletiva de uma sociedade.