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segunda-feira, 25 de março de 2024

Percurso 1 - Buenos Aires - Comemorações de aniversários


Família do coração foi comemorar aniversários em Buenos Aires - Eu, Fernanda, Ricardo, Flaviana (fotógrafa) 13 à 17 de março de 2024. Nossa viagem  de ida e volta foi tranquila e nos hospedamos no Hotel  Argenta Tower Hotel o qual recomendo, pois o serviço é nota 10. Em Buenos Aires encontrei o que gosto, patrimônio  material e imaterial, mas com o olhar crítico de Conservadora e Museóloga. Os passeios foram realizados através de Tour Turísticos em dois dias, através de um Uber particular e no Ônibus Tour que tem várias paradas para descer e subir, mas o turista não consegue guardar todas as informações em seu HD mental. Desta forma como gosto de pesquisar utilizei as fotos, para contar a história dos locais. As próximas postagens serão de locais que visitamos.












sábado, 10 de fevereiro de 2024

PERCURSO CXLIII - A cultura afro-brasileira na folia (Carnaval 2024)

Em Santa Catarina a escravidão negra aconteceu em cinco municípios: São Francisco do Sul, Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), Laguna, Araranguá e Lages. O primeiro grupo veio com os vicentistas das Ilhas dos Açores e da Madeira em meados do século XVIII. De Acordo com a Historiadora VIEIRA, Gilmara de Oliveira (UFSC), o primeiro bloco com conotação  com a cultura africana em Florianópolis foi O BLOCO RASTAFARI. ” Na década de 1990, o carnaval em Florianópolis foi incentivado com o apoio da prefeitura, com diversos blocos de carnaval de rua celebrando a festa. Nesse contexto, o Bloco Rastafari é criado, em 1993, e se torna o mais expressivo bloco carnavalesco representante da cultura africana e afro-brasileira em Santa Catarina”. Se desejar conhecer sua história,  sua trajetória como movimento social, suas estratégias utilizadas para inserção no carnaval florianopolitano e a relação político-socio-cultural intrínseca entre o Bloco e a cidade clique em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/204303/TCC%20%20TRABALHO%20DE%20CONCLUS%c3%83O%20DE%20CURSO.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Posteriormente foram criados, outros Blocos Afro: Bloco Africatarina, Arrasta Ilha, Baque Mulher e Cores de Aidê que desfilaram, ao redor da Praça XV de Novembro, no centro histórico da capital catarinense, com a finalidade de destacar a pluralidade da cultura afro-brasileira, com  diferentes manifestações, que representam as diversas tradições, povos e culturas africanas. Outro bloco que desfilou foi Maracatu, que surgiram na Bahia e em Pernambuco, respectivamente e tem forte relação, com as religiões de matriz africana e com o catolicismo popular. As rainhas eram coroadas dentro da igreja católica. Hoje, elas passaram a ser coroadas em frente da igreja.

Assisti “Cores de Aidê” e encantou-me, me senti em uma festa de Candomblé. O bloco de samba-reggae Cores de Aidê, formado por mais de 170 mulheres e pessoas não binárias tem como enredo o sugestivo “Malandragem: A Potências das Ruas”. Com as cores branco, vermelho e preto, homenagearam com fé e magia os guardiões das ruas, senhores e senhoras que inspiravam e abençoavam, os movimentos das coreografias. Muito  axé para seus figurantes.







































sábado, 13 de janeiro de 2024

PERCURSO CXLII - FORTE SÃO JOÃO – Estreito - Florianópolis/SC

Este percurso não fiz pessoalmente, pois encontrei apenas as ruínas do forte e sou responsável por minha segurança pessoal, pois não sabia o que em seu interior encontraria. Desta forma retornei a vida de acadêmica e dediquei-me à pesquisa, pois o assunto está relacionado ao início de Santa Catarina Foi erigido na cabeceira continental da Ponte Hercílio Luz, onde cruzava fogos com o Forte Santana e protegia o Canal do Estreito. De acordo com o artigo de FORTIFICAÇÕES DA ILHA DE SANTA CATARINA de Roberto Tonera, 01/07/2021 foi construído, em 1793. Fonte: https://fortalezas.org/?ct=artigo&id_artigo=101


https://fortalezas.ufsc.br/2022/02/23/oito-contra-um-no-mar-o-dia-em-que-os-espanhois-tomaram-a-ilha-de-santa-catarina-faz-245-anos/

 

Informações sobre a história completa do Forte São João você encontrará em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Forte_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o_do_Estreito

“Remonta a uma bateria de faxina erguida a partir de 1793 pelo governador da Capitania de Santa Catarina, João Alberto Miranda Ribeiro, com risco do Sargento-mor Joaquim Correia da Serra, artilhada com seis peças (SOUZA, 1885:124). Destinava-se a, pelo lado do continente, cruzar fogos com o Forte de Santana do Estreito, na ponta do estreito na ilha de Santa Catarina (BOITEUX, 1920)’

‘Segundo SOUZA (1981), o Forte de São João do Estreito, possuía um portão abobadado, exposto completamente aos fogos que partiam do canal. À direita localizava-se a bateria, em ângulo saliente, e à esquerda, uma muralha de alvenaria disposta esteticamente, mas primando pela falta de solidez. Sua artilharia, seis peças de bronze, provinha da Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, sendo elevada, em 1837, no contexto da Revolução Farroupilha (1835-1845), a onze peças de bronze’

‘Segundo o relator, o forte deveria ser restaurado devido a sua posição estratégica, e todos os edifícios teriam que ser reparados, sendo que a parte mais conservada era a Casa da Pólvora. Em 1850, o mesmo Engenheiro informou ainda: "O quartel da tropa do extinto Forte de São João deste lado do estreito está quase a abater, achando-se o pilar do lado sul, seguro somente por um palmo de alicerce, convém apeá-lo com a maior brevidade para se lhe aproveitar a telha e mais alguns materiais" (SOUZA, 1981)’

‘No contexto da Questão Christie (1862-1865), em 1864, o Governo Imperial projetou para esse local uma nova fortificação, que nunca chegou a ser executada. Posteriormente foi utilizado como depósito de pólvora, sendo então demolida a sua bateria (SOUZA, 1885:124). Arruinado, foi abandonado na segunda metade do século XIX, tendo em vista o relato das reformas que requeria já nesta época. Os remanescentes da fortificação terminaram por ser demolidos ou soterrados no início do século XX, por volta de 1922-1923, em decorrência das obras da construção da Ponte Hercílio Luz, que lhe exigiram o local estratégico. Atualmente, aos pés da cabeceira continental da ponte, semi-soterrados, à esquerda do acesso, restam apenas os vestígios de um túnel de acesso, em alvenaria de pedra e cobertura em abóbada de tijolos, que pertenceu ao antigo Forte de São João’.

https://floripacentro.com.br/no-meio-do-mato-encontramos-as-ruinas-do-forte-sao-joao-construido-em-1793-e-demolido-para-fazer-a-ponte-hercilio-luz/




Conselho Estadual de Cultura aprova tombamento do Forte de São João do Estreito em parceria entre a Associação Catarinense de Conservadores e Restauradores de Bens Culturais e do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. Vista de estrutura remanescente, túnel com cobertura abobadada, que pertenceu ao antigo Forte de São João do Estreito. (Retirado de fortalezas.org) Crédito: Acervo de Edson Silva Ano:1999. Publicada por: Projeto Fortalezas Multimídia.


https://accr.org.br/conselho-estadual-de-cultura-aprova-tombamento-do-forte-de-sao-joao-do-estreito/

Mas, por enquanto, o local, que fica sob a responsabilidade do Deinfra, ainda é "Patrimônio com tombamento provisório".


Encontrei, valiosas informações nos TRABALHOS DE CONCLUSÃO DE CURSO I E II - FORTE DE SÃO JOÃO DO ESTREITO: RESGATE DE MEMÓRIA ATRAVÉS DA VITALIDADE DO ESPAÇO PÚBLICO ARQUITETURA E URBANISMO UNISUL, acadêmica ALINE STEINHEUSER.

 

TRABALHO DE CONCLUSÃO I –  2018  

“Apesar de inserido em área próxima  de bem tombado em esfera nacional (Ponte Hercílio Luz) pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), as ruínas remanescentes do Forte não apresentam nenhum tipo de proteção, seja em âmbito municipal, estadual ou mesmo nacional. Cabe ressaltar, que o Ministério da Guerra (atual Ministério da Defesa) não teve interesse em solicitar tombamento das ruínas do antigo forte, e mantê-las sob sua proteção e administração. Segundo evidências cartográficas, tal estrutura de forte já aparece nos mapas espanhóis de 1777-1778, mas dentro de pouco tempo, já se apresentava em estado de descaso ou ruínas, segundo relatos de viajantes ou de presidentes de província, sendo reformado algumas vezes.

Em 1837 o engenheiro militar Patrício Antônio de Sepúlveda Everard relata o estado de ruínas dos edifícios e muralhas do forte. Em 1850 em outro relatório, o engenheiro cita o mesmo estado arruinado do forte: “parece que o desejo de acabar com tudo o que representa o caráter de antiguidade, tem se desenvolvido com  bastante rigor entre nós. ” Joaquim de Almeida Coelho”. Fonte: STEINHEUSER, Aline 2028 (p. 20 e 62)  https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/18b9bae2-5425-4f9b-9105-811d798f79e2/download -  Pesquisa em 13/01/2024

 

TRABALHO DE CONCLUSÃO II –  2019 

“As Fortalezas e fortins portugueses foram construídos no mundo todo, padronizadas e normatizadas por publicações de engenheiros militares. Salvo isto, torna-se possível compreender boa parte das técnicas de desenho e construção e das estratégias militares de defesa a algum lugar. O Forte de São João do Estreito, acabou sendo conde[1]nado à ruína, mas isso nada impede de que, mesmo em meio a uma área urbana consolidada, alguns pontos-chave possam fazer significativa (re)memória ao bem. Como resgate de seus pontos-chave, apresentam-se a antiga Casa de Corpo da Guarda, o Caminho do Litoral e as muralhas de proteção. Tudo isso, em conjunto das ruínas da antiga portada de acesso, que ainda permanecem.

Como referência à alguma intervenção em áreas tão delicadas, a nova Praça do Castelo de São Jorge garante excelente experiência em (re)memorar locais e bens antiga casa de corpo da guarda do Forte de São João do Estreito pode ser localizada, segundo projeto de 1864. A partir disto, uma estrutura neutra e atemporal fora desenvolvida, visando recuperar a espacialidade desta. A estrutura é em steel frame reforçada (devido a maior espessura das paredes externas), revestida com placa cimentícia branca, e cobertura que permite a entrada de iluminação natural.

As paredes externas possuem recuo de 30cm do nível do solo, viando garantir a promoção de iluminação cênica na parte inferior, visto que, há a hipótese de que as ruínas destas paredes ainda possam ser encontradas. Desta forma, elevando a estrutura do solo, passa a ser possível contemplar a estrutura original, e torna-se nítida a intervenção realizada, em uma linguagem arquitetônica neutra e sem intervenção radical. Salienta-se o fato de pouca intervenção na estrutura original, já que a estrutura desenvolvida não toca o solo a todo momento, mas sim, em pontos definidos por pilares de apoio

As ruínas da portada do antigo Forte, parte em pedra e parte em alvenaria de terra, permanecem atualmente bloqueadas visto a insegurança que o lugar, e seu entorno ofereciam. Como forma de promoção deste patrimônio, a passagem pela portada vem promover o diálogo entre o antigo e o novo, de forma que a intervenção em nada interfira no bem. Para tal intervenção, as ruínas se conservam em seu estado atual, e a passarela do “Caminho do Litoral” é o eixo de ligação do Forte com a parte baixa da área de intervenção, resgatando o caráter de portada, de pórtico que tal forte possuía.

Por se tratar de sítio arqueológico os percursos e acessos devem ser bem resolvidos, de modo a não interferir na leitura e facilitar a visitação. Bancos, degraus e plataformas são de calcário, para serem distinguidos das texturas das paredes e fundações es[1]cavadas, e permanecerem neutros perante aos elementos originais do sítio”.  STEINHEUSER, Aline Fonte: https://repositorio.animaeducacao.com.br/bitstreams/c76be604-bae9-46fe-9d5e-b92a76e9c947/download 2019 (pg. 1 a 4) – pesquisa em 13/01/2024.

 

 

Ruínas do Forte São João

Para finalizar a pesquisa encontrei dois vídeos sobre o assunto

 

https://globoplay.globo.com/v/10416707/

 

https://www.youtube.com/watch?v=xSKN2n3Kx2M

 


terça-feira, 26 de dezembro de 2023

PERCURSO CXLI - Casa Odara - Asé>

Rua João Pinto, 1111

Curadoria e balanço @camilopueblo

Recebi o convite de minha filha para conhecer  a Casa Odara. Como sou uma pessoa antirracista, aceitei. Fiquei encantada de me senti em casa. Conversei com Camilo e senti a energia especial de alguém, que tem empatia por seus semelhantes e vocação para agregar. Parabéns à Casa Odara, a força e união representativa, na sociedade  catarinense. O crédito das fotos é da fotógrafa Shayda Cazaubon, com aquiescência de Camilo.

Para àqueles que não conhecem o que significado da palavra Odara, ela carrega atributos positivos como benfazejo, atrativo, prazeroso, verdadeiro, brilhante. Odara é uma palavra iorubá, usada na Bahia, em Casas de Candomblé, bem como pela sociedade baiana. Para o Candomblé representa um determinado Exú,  infinito, sem começo ou fim, responsável pela criação do homem,  elo entre o homem e os Orixás,  a figura mais importante da cultura Iorubá. Sem ele o mundo não faria sentido, pois só através dele é possível chegar aos demais orixás e ao Deus Supremo, Olorum. Odara é o senhor dos caminhos, guardião de nossa trajetória terrena.

Para descrever a Casa Odara usei o texto do convite de abertura em 01/09/2023 “O processo de aquilombamento pressupõe o feitio em conjunto, em coletivo, doação energética para proteger a casa. Antecipando qualquer tipo de crítica sobre os integrantes da toca Coral serem "brancos" (o que não são de todo), informo que o aquilombamento urbano moderno se construirá a partir de todos os ritmos e linguagens artísticas que são postas de parte nessa sociedade branca patriarcal. O forró tem sua raiz definitiva no norte e nordeste do país, e é para eles que a Casa Odara também abrirá as portas. Palavras de um filho de pernambuca”. https://www.instagram.com/p/CwjGE5rMQWy/?igsh=ZGNjOWZkYTE3MQ%3D%3D&img_index=1

Acompanhe, a programação mensal da Casa Odara através do link: https://www.instagram.com/casaodarafloripa?igsh=ZGNjOWZkYTE3MQ%3D%3D